A Eslovénia é, em teoria, a "pêra doce" do sorteio do Play-off de apuramento para o Mundial2010 de futebol, surgindo aparentemente como a equipa menos capacitada, mas com valor suficiente para surpreender qualquer adversário incauto.
Sem estrelas de renome internacional, a equipa de Leste lutou pelo primeiro lugar do Grupo 3 até ao fim, terminando com 20 pontos, a dois da Eslováquia e quatro à frente da República Checa, a grande desilusão, pois partiu como clara favorita.
Num grupo com equipas de valor muito equilibrado, a clara superioridade revelada em casa foi um dos factores chave do sucesso da equipa de Matjaz Kek, pois apenas cedeu um empate (0-0 com a República Checa).
Fora, destacou-se pelo triunfo 2-0 no reduto da líder Eslováquia e o empate 1-1 na Polónia: as únicas derrotas foram averbadas na visita à República Checa e Irlanda do Norte, ambas por 1-0.
A coesão defensiva é o ponto forte da Eslovénia, a segunda selecção menos batida no apuramento, com apenas quatro golos sofridos: menos, só mesmo a Holanda, com dois, mas no Grupo 9, claramente o mais desequilibrado e, ainda por cima, com menos uma equipa (dois jogos).
O guarda-redes Samir Handanovic, que joga na italiana Udinese, é um dos esteios da equipa, liderando o sector recuado, composto todo ele por emigrantes, tal como o resto da equipa.
Handanovic reparte o protagonismo na equipa com o avançado Milivoje Novakovic, companheiro de Maniche e Petit no Colónia, da Alemanha, um avançado de respeito que marcou cinco dos 18 golos da equipa.
Zlatko Dedic (Bochum, Alemanha) faz-lhe companhia na frente de ataque de uma equipa que joga em "4x4x2" e conta também com a regularidade do médio Andraz Kirm (Wisla Cracóvia, Polónia), um dos três atletas a alinhar em todos os 10 desafios da qualificação.
A 49.ª selecção do ranking FIFA quer voltar a disputar um Mundial após a experiência falhada de 2002 na Coreia/Japão, em que perdeu os três jogos da primeira fase e terminou a prova no 30º lugar.
A verdade é que essa selecção, que contava com o "português" Zlatko Zahovic (jogou no Vitória de Guimarães, FC Porto e Benfica), foi a melhor da curta história do país da ex-Jugoslávia, tendo chegado ao 25.º lugar do ranking FIFA no primeiro semestre de 2002 - dois anos antes, a Eslovénia já tinha disputado o Europeu, também pela primeira vez.
Em casa, o Estádio Nacional Ljudski, em Maribor (Ljubliana é a capital) tem sido o talismã, embora o facto de albergar apenas cerca de 10.000 lugares impeça um ambiente ainda mais “temível”
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