A União Europeia (UE) decretou para segunda-feira um dia de luto pelo falecimento do presidente polaco, Lech Kaczynski, num acidente aéreo na Rússia, onde perderam a vida mais 96 pessoas, provocando uma onda de consternação em todo o mundo.
As bandeiras vão estar a meia haste em Bruxelas, onde também serão feitos dois minutos de silêncio antes de cada reunião que se realize na capital belga em resultado de uma decisão conjunta do chefe do governo espanhol, José Luis Zapatero, como presidente rotativo da UE, e das autoridades comunitárias e polacas.
Zapatero falou em "perda irreparável", o presidente checo, Vaclav Klaus, considerou o ocorrido "horrível", e o presidente da Eslováquia, Ivan Gasparovic, uma notícia "chocante".
Kaczynski morreu na manhã de ontem quando o avião em que seguia, um Tupolev TU-154, caiu perto do aeroporto russo de Smolenskque.
Viajava com a mulher, Maria, e uma delegação de alto nível com 85 pessoas que se dirigia para a Rússia para assistir aos atos em memória dos soldados polacos assassinados por ordem de Estaline, pelos serviços secretos soviéticos, em Katyn, em 1940.
Na sequência do acidente com o presidente polaco, dezenas de responsáveis políticos por todo o mundo lamentaram a notícia da morte, considerando-a uma "tragédia inimaginável" e enviaram condolências ao povo polaco.
"É uma tragédia inimaginável", exclamou Lech Walesa, chefe histórico do sindicato polaco Solidariedade e ex presidente daquele país, ao saber do acidente.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, e o seu primeiro ministro, Vladimir Putin, apresentaram as condolências após a catástrofe, prometendo que será realizado "um inquérito minucioso" a este drama.
Num comunicado, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou sentir "profunda tristeza" pelo acidente e apresentou condolências às famílias do presidente morto e das vítimas, em nome pessoal e do povo francês.
Por seu turno, o primeiro ministro britânico, Gordon Brown, declarou-se "chocado e impressionado" com a morte de Kaczynski, que considerou "um dos atores mais importantes da história politica moderna da Polónia".
A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou aos jornalistas estar "profundamente consternada" pelo acidente e remeteu para mais tarde uma reação oficial.
Também o primeiro ministro português, José Sócrates, recebeu a notícia com "profunda tristeza", e exprimiu "sinceras condolências", e, da mesma forma, o Presidente da República, Cavaco Silva, sentiu "profunda consternação" com o sucedido, lembrando que o chefe de Estado polaco era esperado em Portugal em maio próximo.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, evocou-o como "um grande Chefe de Estado, e patriota, ao mesmo tempo empenhado na União Europeia", enquanto o secretário geral da ONU, Ban-Ki-moon, afirmou-se chocado quando soube da notícia.
Por sua vez, o secretário geral da Nato, Anders Fogh Rasmussen, apresentou "profundas condolências" ao povo polaco e aos familiares "de todas as pessoas mortas neste terrível acidente", em nome pessoal e da organização.
Também a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) expressou condolências ao povo polaco e às famílias dos falecidos.
O governo brasileiro enviou uma mensagem de condolências ao povo polaco e decretou três dias de luto oficial, e o presidente brasileiro Lula da Silva, exprimiu "profunda consternação".
A missiva foi enviada ao primeiro ministro polaco, Donald Tusk, e ao presidente interino, Bronislaw Komorowski.
O Vaticano também divulgou uma mensagem do papa Bento XVI na qual revelava "profunda dor" e pediu a Deus uma bênção especial para o povo polaco neste momento difícil do país.
Na lista de passageiros do avião estava também o presidente do Banco Central polaco, Slawomir Skrzypek, o chefe de Estado-Maior, Franciszek Gagor, o antigo presidente polaco no exílio em Londres, Ryszard Kaczorowski, deputados e historiadores.
Ao cair da noite de hoje, milhares de pessoas começaram a reunir-se na zona do palácio presidencial polaco, em Varsóvia, em homenagem às vítimas do acidente.
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