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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Luxemburgo participa na próxima Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

O Luxemburgo pediu para participar na próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, marcada para 23 de Julho, em Luanda, soube o CONTACTO junto de Robert Steinmetz, do gabinete de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros luxemburguês. Segundo Steinmetz, "infelizmente, o ministro dos Negócios Estrangeiros luxemburguês não poderá estar presente em Luanda, mas o Grão-Ducado estará representado por um funcionário do nosso ministério". Steinmetz resguardou-se, para já, de confirmar se o Luxemburgo pensa pedir a adesão plena à CPLP e ou ao grupo de países associados daquela organização.

No Luxemburgo vivem 100 mil portugueses, que constituem cerca de 18 % da população total e 37 % dos residentes estrangeiros. Se a esses forem adicionados os cidadãos dos países de língua portuguesa e os luso-descendentes, estima-se que cerca de um quinto da população do país fale português, ou seja, cerca de 110 a 115 mil pessoas num total de 506 mil, números que, mesmo assim, devem estar aquém da realidade.

Para o secretário executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, este interesse por parte de países que aparentemente nada têm a ver com a lusofonia é “positivo”. “A CPLP deve avaliar isso como algo de positivo. É que, muitas vezes, assumimos uma perspectiva muito intracomunitária e não estamos tão atentos à repercussão disso no espaço extra-comunidade. Quando começamos a receber esta atenção e a este nível de interesse por parte de países que ‘a priori’ não parecem terem afinidades e interesses tão óbvios, isso deve alertar-nos para aquilo que a CPLP pode significar, para aquilo que pode representar”, considerou.

Além do Luxemburgo, a Austrália, Indonésia, Suazilândia e Ucrânia, manifestaram interesse em aderir à CPLP, disse ainda o mesmo responsável. Fundada a 17 de Julho de 1996, a CPLP integra actualmente oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e conta com três países como membros associados: Guiné Equatorial, Senegal e Ilhas Maurícias.

A Suazilândia e a Ucrânia já formalizaram o pedido de adesão como membros associados. Entretanto, a Guiné Equatorial já formalizou o pedido de adesão plena, o qual será analisado na cimeira de Luanda.

Nesta cimeira, Portugal passará o testemunho da presidência da CPLP para Angola.

José Luís Correia

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