A Comissão Europeia lança amanhã o debate sobre “o futuro dos sistemas de pensões na Europa” com a publicação de um Livro Verde em que defende o aumento da idade da reforma nos 27.
“Se as pessoas, que cada vez vivem mais anos, não permanecerem mais tempo empregadas”, os sistemas de pensões terão dificuldade em dar “reformas adequadas” ou poderá ocorrer um “aumento insustentável” das despesas, segundo uma versão provisória do Livro Verde a que a Agência Lusa teve acesso.
O executivo comunitário insiste que, “com as tendências atuais, é evidente que a situação não é sustentável”.
Segundo fonte comunitária, o Livro Verde vai abrir uma consulta que se irá prolongar "durante vários meses" sobre a forma como a União Europeia (UE) pode “apoiar melhor os esforços nacionais para proporcionar pensões adequadas, sustentáveis e seguras”.
Bruxelas parte da constatação que os sistemas de pensões têm de enfrentar os problemas colocados com o envelhecimento da população europeia e agravados com a crise económica e financeira.
Em 2008 havia quatro pessoas em idade de trabalhar (entre 15 e 64 anos) por cada uma com 65 ou mais anos, enquanto que em 2060 essa relação descerá para metade, duas para uma.
“A crise revelou que é preciso fazer mais para melhorar a eficiência e a segurança dos sistemas de pensões”, conclui a Comissão Europeia.
Bruxelas reconhece que, desde há dez anos, vários países têm feito um esforço para reformar o seu sistema de pensões, mas defende que agora é necessário enquadrar a questão ao nível europeu através de uma “resposta integrada para explorar sinergias ao nível dos 27”.
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