A taxa mundial de desemprego jovem atingiu em 2009 o nível mais alto da história - 13 por cento, correspondentes a 81 milhões de pessoas - e deverá ainda aumentar este ano, revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT).Divulgado hoje no âmbito do lançamento do Ano Internacional da Juventude das Nações Unidas, o trabalho refere que, no final de 2009, 81 dos 620 milhões de jovens economicamente ativos entre os 15 e os 24 anos estavam desempregados.
O relatório alerta perante o risco "de uma geração perdida constituida por pessoas que estão totalmente desligadas do mercado de trabalho e que perderam a esperança de poder trabalhar para ganhar decentemente a sua vida".
Face a 2007, houve um aumento de 7,8 milhões de jovens desempregados (1,1 milhões em 2007/2008 e 6,7 milhões em 2008/2009), com a taxa de desemprego neste segmento a subir de 11,9 para 13 por cento entre 2007 e 2009.
De acordo com a OIT, em 2008 os jovens representavam 24 por cento dos trabalhadores pobres no mundo e 18,1 por cento do total de desempregados a nível mundial.
"Os jovens são o motor do desenvolvimento económico", declarou o director-geral da OIT, Juan Somavia", acrescentado que "Renunciar a este potencial é um desperdício económico e pode pesar sobre a estabilidade social".
Do trabalho resulta ainda que as mulheres jovens têm maiores dificuldades que os homens em encontrar emprego: em 2009 a taxa de desemprego juvenil feminina foi de 13,2 por cento, contra 12,9 por cento nos homens.
As projeções da OIT apontam para uma recuperação do emprego mais lenta para os jovens do que para os adultos, antecipando-se um aumento contínuo do desemprego juvenil mundial este ano até ao nível histórico de 81,2 milhões e uma taxa de 13,1 por cento. Só durante o ano seguinte o número de jovens desempregados deverá cair para 78,5 milhões e uma taxa de 12,7 por cento.
Foto: Guy Jallay
Sem comentários:
Enviar um comentário