Termina amanhã o prazo de apresentação das candidaturas às primárias do PS, agendadas para o início de Outubro de 2011 para escolher o candidato do partido às presidenciais francesas de Abril de 2012.
A número um do partido, Martine Aubry (na segunda foto da esquerda), presidente da câmara de Lille (no norte do país), confirmou esta semana a “vontade” de se apresentar às primárias do PS com
“Não tenho adversários no PS. O nosso adversário é Nicolas Sarkozy”, resumiu Martine Aubry numa entrevista ao diário Libération, num momento em que a dirigente socialista é protagonista de uma polémica em torno de boatos divulgados na internet envolvendo o seu marido.
Os socialistas franceses mantiveram a data de 13 de Julho para o encerramento das candidaturas às primárias, recusando um alargamento do prazo em compasso de espera pelo resultado do processo que decorre em Nova Iorque contra Strauss-Kahn, acusado de crimes sexuais.
“DSK”, contudo, pode “voltar quando quiser e dizer o que pretende fazer” do seu futuro político, no caso de ser declarado inocente do processo em Nova Iorque, afirmou Martine Aubry no início de Julho.
Com ou sem Strauss-Kahn, as primárias do PS poderão ser um combate duro entre vários “barões” do partido, sobretudo entre Aubry e François Hollande (na foto da direita), que aparece bem colocado nas sondagens e tem o apoio expresso do líder parlamentar dos socialistas, Jean-Marc Ayrault.
Quase no final do prazo e após várias hesitações, o deputado e autarca Manuel Valls, anunciou esta semana que reuniu todas as condições para se apresentar às primárias.
Na corrida estará também Ségolène Royal (na foto, da direita), a candidata do PS derrotada por Nicolas Sarkozy, que afirma ter “aprendido com os erros de 2007” para ganhar em 2012, se for escolhida pelos militantes socialistas em outubro.
Christian Pierret, autarca e antigo ministro da Indústria, anunciou também que se apresenta às primárias socialistas.
O modelo das primárias foi seguido, à esquerda, pela coligação Europa Ecologia – Os Verdes, com a antiga magistrada Eva Joly vencendo largamente a votação contra Nicolas Hulot.
Os candidatos da direita
À direita, o
A UMP foi sacudida, no início do ano, pela saída de Jean-Louis Borloo, presidente do Partido Radical e um dos ministros remodelados por Sarkozy no final de 2010. Borloo tem mantido o “suspense” desde o congresso de Janeiro mas os radicais votaram a sua candidatura para 2012.
Hervé Morin, outro antigo ministro de Sarkozy, que tutelava a Defesa, tem feito um percurso discreto de preparação para 2012, como líder do partido Novo Centro, com visitas pelo país que o eventual candidato presidencial designa como a “construção da casa centrista”.
Esse é, também, o território político de François Bayrou, que sonha com uma nova plataforma ao centro que permita enfrentar o atual chefe de estado no próximo ano.
Na extrema-direita, Marine Le Pen (filha de Jean-Marie Le Pen, na penúltima foto),
O leque de adversários de Nicolas Sarkozy completa-se, à esquerda, com Jean-Luc Mélenchon (última foto), presidente do Partido de Esquerda, confirmado sem surpresa em Junho pelos militantes comunistas como o candidato da Frente de Esquerda a 2012.
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