Páginas

sexta-feira, 1 de junho de 2012

"O cinema português tem o mesmo vício do tempo de Marcelo Caetano"

António-Pedro Vasconcelos ladeado pela embaixadora
de Porugal, Rita Ferro (esq.), e pela ministra da Educação
do Luxemburgo, Mady Delvaux-Stehres (dta.)
Foto: JLC
O cineasta português António-Pedro Vasconcelos tece duras críticas ao financiamento dos filmes realizados em Portugal. À margem da Quinzena do Cinema Português no Luxemburgo, que arrancou ontem no Utopolis, o realizador diz que o Estado continua a "controlar o que se faz no cinema"."O vício que ninguém consegue corrigir, é que o Estado chama a si o financiamento, criando taxas em vez de obrigações. Toda a cadeia comercial é obrigada a pagar ao Estado e o Estado decide depois o que fazer ao dinheiro", acusa o realizador português.

António-Pedro Vasconcelos diz ainda que "tal como antigamente, isto é uma maneira de o Estado não perder o controlo do que se faz e garantir a última palavra sobre os guiões. Esse é o vício contra o qual luto, e que vem do tempo de Marcelo Caetano".

"A bela e o Paparazzo", estreou ontem no Luxemburgo. O filme abriu o ciclo dedicado à sétima arte portuguesa e é a primeira comédia romântica de Vasconcelos.

O festival vai decorrer no Utopolis até 14 de Junho. "A proposta partiu do grupo Utopia S.A. porque a sala é maior e há mais público", refere Carlos Correia, o responsável pela organização.
Texto: HB/JLC

Sem comentários:

Enviar um comentário