A clínica Sainte-Zithe, na capital, terá recusado praticar eutanásia a um paciente que a solicitou. Segundo a rádio RTL, que avançou a notícia na quinta-feira, o doente, com cancro em fase terminal, obteve o acordo do médico, mas a direcção do hospital, gerido por uma congregação católica, terá recusado praticar o suicídio assistido.
Ainda segundo a rádio luxemburguesa, a clínica invoca o parecer de um segundo médico, "mais crítico" da intervenção. "Na sequência desta opinião, o doente retirou o pedido", alegou a direcção do hospital.
Mas a versão apurada pela RTL é outra. Segundo aquela rádio, na sequência da recusa o homem teria sido conduzido a casa, onde viria a morrer, acompanhado do médico.
Ouvido pela RTL, o ministro da Saúde, Mars di Bartolomeo, disse que, a confirmar-se a recusa, não haveria "nenhuma compreensão" para com os hospitais que não cumprissem a lei, recusando aceitar "dois tipos de hospitais".
O deputado ecologista Jean Huss (Déi Gréng), co-autor da lei da eutanásia, apresentou entretanto uma questão parlamentar ao ministro da Saúde. Na nota, Huss insta Mars di Bartolomeo a abrir inquérito ao caso e a aplicar medidas para garantir o cumprimento da lei.
A lei da eutanásia permite a objecção de consciência dos médicos, mas não de instituições.
A clínica Sainte-Zithe, gerida por uma congregação católica, é co-financiada pelo Estado.
Sem comentários:
Enviar um comentário