Por iniciativa de Robert Goebbels, eurodeputado luxemburguês do Partido Socialista (LSAP), cinco deputados europeus entregaram esta semana no Parlamento Europeu uma declaração escrita sobre a nomeação do futuro presidente do Conselho Europeu, deixando bem claro que o antigo primeiro-ministro inglês Tony Blair não corresponde a esse perfil.
O Tratado de Lisboa confere aos chefes de Estado e de Governo, reunidos no Conselho Europeu, o direito de designar o futuro presidente permanente do Conselho Europeu.
Segundo os cinco deputados, um luxemburguês e quatro alemães, pertencentes aos três maiores grupos políticos - Robert Goebbels (Partido Socialista Europeu), Klaus-Heiner Lehne (Partido Popular Europeu), presidente da Comissão Jurídica, Herbert Reul (PPE), presidente da Comissão da Indústria, Jo Leinen (PSE), presidente da Comissão do Ambiente e Jorgo Chatzimarkakis, coordenador do Grupo Liberal - "o Parlamento Europeu não pode simplesmente registar esse futuro presidente do Conselho, que será a cara e a voz da Europa".
Para os cinco eurodeputados, o futuro presidente deverá vir de um país que adoptou ou que quer adoptar o Euro, deverá ser originário de um Estado pertencente ao espaço Schengen e deverá fazer parte de um país que não recusa a aplicação da Carta Europeia dos Direitos Fundamentais.
Goebbels sublinha que "este perfil não corresponde em nada ao candidato preferido de alguns grandes países, nomeadamente o antigo primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair?"
O eurodeputado luxemburguês espera que o maior número colegas do Parlamento assine a declaração, porque caso metade dos parlamentares o faça, o documento terá valor de resolução adoptada pelo Parlamento Europeu e será publicada no Jornal Oficial da União Europeia.
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