segunda-feira, 12 de abril de 2010

Operários da Letónia explorados por patrão luxemburguês

O novo hospital de Metz, cuja construção começou em 2008, deverá estar pronto no fim do ano

Onze operários da Letónia, empregados no estaleiro da construção do novo hospital de Metz (região francesa da Lorena junto à fronteira), processaram uma sociedade luxemburguesa e o respectivo patrão por exploração laboral e mau alojamento.

Chegados a Metz no último 9 de Março, os operários em questão "receberam entre 150 e 200 euros em numerário, o que nem sequer dá para pagar a gasolina", insurge-se o advogado dos queixosos, Florent Kahn, que intentou uma acção judicial contra a empresa de construção luxemburguesa Bamolux.

Além disso, os operários letões vão apresentar queixa "nos próximos dias" contra o empregador por "tê-los mal alojados num apartamento insalubre, aproveitando-se da sua vulnerabilidade", garante Kahn.

"Eles trabalham 11 horas por dia, seis dias sobre sete", e são onze a viver num espaço de duas divisões de 30m2 "que não obedece às normas de higiene e de decência: eles dormem sobre colchões pneumáticos", acrescenta o advogado.

A empresa em questão, que recrutou os cidadãos da Letónia no seu país via um intermediário, é ela própria subemprenteira duma empresa que ganhou o concurso para o revestimento interior e exterior do novo hospital.

A Bamolux afirma que os operários têm contrato com a empresa, sem, no entanto, terem sido pagos, "mas vão sê-lo durante esta semana", indicou um responsável da sociedade.

A socialista Danielle Bori, adjunta do Burgomestre de Metz, manifestou o seu apoio aos operários em questão. "Não podemos deixar as pessoas nesta situação, o empregador tem de os pagar e alojá-los", estima.

Foto: Arquivo LW

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