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segunda-feira, 12 de abril de 2010
Operários da Letónia explorados por patrão luxemburguês
Onze operários da Letónia, empregados no estaleiro da construção do novo hospital de Metz (região francesa da Lorena junto à fronteira), processaram uma sociedade luxemburguesa e o respectivo patrão por exploração laboral e mau alojamento.
Chegados a Metz no último 9 de Março, os operários em questão "receberam entre 150 e 200 euros em numerário, o que nem sequer dá para pagar a gasolina", insurge-se o advogado dos queixosos, Florent Kahn, que intentou uma acção judicial contra a empresa de construção luxemburguesa Bamolux.
Além disso, os operários letões vão apresentar queixa "nos próximos dias" contra o empregador por "tê-los mal alojados num apartamento insalubre, aproveitando-se da sua vulnerabilidade", garante Kahn.
"Eles trabalham 11 horas por dia, seis dias sobre sete", e são onze a viver num espaço de duas divisões de 30m2 "que não obedece às normas de higiene e de decência: eles dormem sobre colchões pneumáticos", acrescenta o advogado.
A empresa em questão, que recrutou os cidadãos da Letónia no seu país via um intermediário, é ela própria subemprenteira duma empresa que ganhou o concurso para o revestimento interior e exterior do novo hospital.
A Bamolux afirma que os operários têm contrato com a empresa, sem, no entanto, terem sido pagos, "mas vão sê-lo durante esta semana", indicou um responsável da sociedade.
A socialista Danielle Bori, adjunta do Burgomestre de Metz, manifestou o seu apoio aos operários em questão. "Não podemos deixar as pessoas nesta situação, o empregador tem de os pagar e alojá-los", estima.
Foto: Arquivo LW
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