Os "credit default swaps" (CDS) para a dívida a cinco anos da França e da Bélgica atingiram hoje novos máximos históricos, ao passo que os dos países periféricos - Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha -, que até agora eram o principal alvo dos especuladores, aliviam dos recordes.
Vários especialistas internacionais explicam o fenómeno como uma propagação das tensões sobre a dívida pública desses países periféricos aos seus congéneres da Europa Ocidental.
Para tal, muito contribuíram as declarações dos responsáveis da Pimco - a maior gestora do mundo de fundos de obrigações - que colocaram na segunda-feira no mesmo saco a Espanha, a Itália e a Bélgica, considerando que os três países necessitam de uma intervenção externa para conseguirem recuperar da crise.
A Bélgica está também a ser afectada pela revisão em baixa das suas perspectivas feita pelas agências de notação financeira, justificada com o clima de instabilidade política do país.
Até a França tem sido alvo de inúmeros rumores de que poderá ver reduzido a notação financeira devido ao elevado patamar em que se encontra a sua dívida pública, que pode ultrapassar os 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012. Os analistas não escondem a sua preocupação com o efeito que um eventual corte de 'rating' de uma das principais economias europeias poderá ter.
Estas advertências seguem-se às declarações no início do mês do director executivo da bolsa londrina (London Stock Exchange), Xavier Rolet, que apontou a França como a próxima vítima da crise da dívida soberana na zona euro.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Itália: Muçulmana condenada a multa por usar a burqa
“A polícia municipal entregou-lhe ontem (segunda feira) à noite o processo verbal e ela terá agora que pagar uma multa de 500 euros. Tanto quanto saiba, é a primeira vez em Itália”, disse Mauro Franzinelli, responsável da polícia municipal de Novara, no Piemonte, um reduto do partido anti-imigrantes e regionalista da Liga do Norte.
Adiantou que a visada poderia apresentar recurso.
A jovem muçulmana, de nacionalidade tunisina, encontrava-se na rua, na companhia do marido, frente a um posto dos correios, quando uma patrulha dos “carabinieri” a tentou identificar.
O marido tinha em sua posse dois documentos de identidade, um dele e o outro da mulher, mas recusou que esta fosse controlada por homens e, por isso, uma segunda patrulha, da polícia municipal, incluindo uma mulher, deslocou-se ao local e procedeu finalmente à identificação.
“A câmara aprovou no final de janeiro um despacho proibindo a burqa nos locais públicos e nas suas imediações, e fizemo-lo tendo em conta comentários do Ministério do Interior, ao qual tínhamos enviado o projeto de despacho”, adiantou Franzinelli, responsável local da Liga do Norte.
O governo italiano está dividido quanto à oportunidade de proibir o véu integral no país.
Na Itália, apesar de não existir legislação específica quanto ao véu integral, uma lei de 1975 que integra as “disposições de proteção da ordem pública” proíbe que se cubra completamente o rosto nos locais públicos, o que vale tanto para o véu, como para os capacetes de motos.
Autarcas da Liga do Norte apoiaram-se no passado neste texto para fazerem adotar despachos nos seus municípios proibindo a burqa, o niqab ou o burkini (fato de banho).
Foto: Arquivo LW
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