De acordo com Saeed Abed, um dos representantes no Reino Unido da Organização Mujahidine do Povo do Irão (OMPI), “era quase impossível usar o telemóvel e a Internet” e foram também observados problemas no serviço de televisão por satélite.
Ainda assim, Abed saudou os protestos, que terão mobilizado milhares de pessoas na segunda-feira contra o Governo iraniano em Teerão, inspiradas pelos movimentos populares no Egipto e na Tunísia.
Os protestos causaram pelo menos um morto e uma dúzia de feridos, de acordo com números divulgados pelas autoridades iranianas.
“Era um fogo que ardia debaixo das cinzas”, afirmou à agência Lusa, lembrando outras manifestações contra o regime realizadas em 2009.
Todavia, os acontecimentos no Egipto e Tunísia, afirmou, “dinamizaram” os manifestantes, que gritaram palavras de ordem como “Mubarak, Ben Ali, agora é a vez de Seyed Ali”, em referência ao Ayatollah iraniano, Ali Khamenei.
Saeed Abed acusou o regime iraniano de ser “mais brutal e repressivo” que o regime egípcio e de ter usado gás lacrimogéneo, gás pimenta, cargas com bastões e munições sobre a multidão.
Abed mencionou ainda vitrinas partidas e o incêndio de bens de forças ligadas ao regime, apesar da violência das forças de segurança e de agentes à paisana.
Fundada em 1965 e liderada do exílio por Maryam Rajavi, a OMPI foi proscrita no Reino Unido durante vários anos, mas em 2007 um tribunal obrigou o Governo a removê-la da lista de organizações terroristas.
Foto: Arquivo LW
Sem comentários:
Enviar um comentário