Mais de dois terços dos casais de Pequim autorizados a ter um segundo filho não o desejam, por dificuldades económicas, indica um estudo divulgado hoje na imprensa local.
A drástica política de controlo da natalidade imposta há 30 anos sob a formula “um casal, um filho” prevê que os casais em que marido e mulher são ambos filhos únicos podem ter um segundo, mas de acordo com uma sondagem feita nas áreas urbanas do município de Pequim, apenas 26,13 por cento tencionam aproveitar essa possibilidade.
Entre a população rural do município, a percentagem dos pretendem ter mais do que um filho é um pouco maior: 36,33 por cento.
A sondagem foi conduzida pela Academia Chinesa de Ciências Sociais de Pequim junto de duas mil pessoas entre os 20 e os 34 anos.
O município de Pequim tem uma área equivalente à da Bélgica e cerca de vinte milhões de habitantes.
A sondagem apurou ainda que 64 por cento dos jovens casais urbanos já não partilham a tradicional preferência por filhos do sexo masculino, ao contrário do que acontece no campo, onde 73 por cento dizem concordar com a tradição.
A política de “um casal, um filho” foi imposta na China em 1980, quando o país ultrapassou os mil milhões de habitantes.
Três décadas depois, a China tem “apenas” cerca de 1.341 milhões de habitantes, mas a sociedade envelheceu.
Cerca de 12 por cento dos chineses têm mais de 60 anos, mas nas grandes cidades, como Pequim ou Xangai, a percentagem já excede os 18 por cento por cento.
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