As famílias portuguesas estão a poupar cada vez menos. Pelo quinto mês consecutivo, a taxa de poupança caiu, revela o indicador da AFPIFF e da Universidade Católica.
O indicador de poupança, elaborado pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e pela Universidade Católica, registou em Março 86,8 pontos, uma descida face ao valor do mês anterior (88,4 pontos). Este é o quinto mês consecutivo de queda do índice, o que significa que, com as medidas de austeridade postas em curso, a margem de manobra dos portugueses para poupar tem sido nula.
O indicador da poupança tem registado uma tendência descendente desde Junho, “apontando para uma diminuição da taxa de poupança (em percentagem do PIB) das famílias portuguesas e encontra-se agora significativamente abaixo da sua média histórica de 95,5”. Desde Dezembro do ano passado, o indicador desceu 10,2 pontos, o que aponta para uma diminuição de 0,8 por cento do PIB na taxa de poupança das famílias no primeiro trimestre.
De acordo com a APFIPP e a Católica, “as expectativas das famílias relativamente ao mercado de trabalho melhoraram ligeiramente ao início do ano, tendo o indicador de expectativas do desemprego diminuído ligeiramente até Março”. Contudo, a queda do Governo no final do mês passado e a necessidade de recorrer à ajuda internacional “deverão ter tido um impacto neste indicador, que só será visível quando forem publicados os resultados do inquérito de Abril”.
O índice elaborado pela APFIPP e pela Universidade Católica remonta ao último trimestre de 2000, onde assume o valor de 100, equivalente a uma taxa de poupança de oito por cento do PIB. Cada 12,5 pontos do indicador representam cerca de um por cento do PIB.
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