A morte de Osama bin Laden domina hoje a primeira página dos jornais de Pequim, num raro destaque para um acontecimento exterior à China.
Metade da primeira página do China Daily é ocupada com uma fotografia a sete colunas de jovens norte-americanos celebrando a morte de bin Laden nas ruas de Nova Iorque.
O mesmo jornal adverte, contudo, que a luta contra o terrorismo “não acabou” e que “em última analise, o terrorismo está enraizado na injustiça e na desigualdade da ordem política e económica internacional”
“A morte de bin Laden é um progresso”, diz a manchete do Global Times, também a toda a largura da primeira página, com cinco colunas.
O título coincide com a avaliação do governo chinês, que considerou a morte do fundador da Al-Qaeda “um marco e um progresso na luta internacional contra o terrorismo”.
A morte de bin Laden é igualmente manchete no “Jornal da Juventude de Pequim”, um dos mais populares da cidade, e no “Noticias de Pequim”.
China confina com o Afeganistão e o Paquistão e uma das cinco regiões autónomas chinesas, o Xinjiang, de maioria muçulmana, já foi palco de atentados terroristas atribuídos a uma organização ligada à Al-Qaeda.
A morte de bin Laden foi anunciada na China a meio de manhã de segunda-feira, que foi feriado no país.
O principal telejornal da CCTV (Televisão Central da China), difundido às 19h (13h no Luxemburgo), relatou a morte de bin Laden, mas no bloco reservado às notícias internacionais, que fecha habitualmente o noticiário.
Bin Laden foi abatido no domingo por forças especiais norte-americanas, numa mansão a cerca de 60 quilómetros ao norte de Islamabad, capital do Paquistão.
Sem comentários:
Enviar um comentário