Os ministros europeus da Educação, escaldados com as classificações internacionais das universidades muito mediatizadas mas muitas vezes rudimentares, apoiaram quinta-feira o trabalho de Bruxelas para traçar um "mapa" mais sofisticado.
"O que não é avaliado é desvalorizado", realçou o ministro da Educação espanhol, Angel Gabilondo Pujol, considerando as classificações imperfeitas mas "inevitáveis".
Para ele, os sistemas de classificação actuais carecem de indicadores transparentes e deveriam nomeadamente especificar os recursos das universidades que têm por vezes "um orçamento superior ao de um pequeno Estado".
A França, particularmente crítica da popular lista de "Xangai", considera que as "classificações simplistas empurram as universidades para reformas que não vêm ao encontro dos interesses dos estudantes".
A classificação académica das universidades mundiais ou classificação de Xangai baseia-se numa lista restrita de critérios, nomeadamente o número de publicações nas revistas científicas e o número de prémios Nobel atribuídos aos alunos.
Já o Reino Unido considera "difícil obter todos os dados necessários para reflectir com precisão a qualidade das universidades".
A Comissão Europeia lançou em Maio de 2009 uma estudo de viabilidade com uma duração de dois anos que visa a concepção de um sistema de classificação mundial "multidimensional" das universidades.
"Enquanto isto, os nossos principais concorrentes, na primeira fila dos quais estão a China e os Estados Unidos, investem somas colossais para garantir uma posição de líder no ensino superior", um vector de prosperidade, preveniu a presidência sueca da UE num documento divulgado quinta-feira.
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