A agência de notação financeira Moody’s deixou hoje um novo alerta aos ‘rating’ dos países da zona euro, afirmando que mais cortes “não podem ser postos de parte”, depois de nova onda de cortes pela Standard & Poor’s e Fitch.
Numa análise hoje divulgada, citada pela Bloomberg, a agência diz que estes cortes “não podem ser excluídos” devido às expectativas de contínuas dificuldades no acesso ao financiamento pelos países da zona euro, da possibilidade de reestruturações e outras formas de ‘default’ (incumprimento) nas dívidas soberanas.
O alerta surge numa altura em que a Standard & Poor’s e a Fitch têm anunciado uma série de cortes nas notações de alguns países da zona euro, em especial de Portugal e Grécia.
No caso de Portugal uma parte dos cortes tem sido justificada com a situação política, na sequência do chumbo do Programa de Estabilidade e Crescimento no Parlamento e consequente demissão do primeiro-ministro, que se juntaram às dificuldades de financiamento, levando a uma escalada sem precedentes dos juros exigidos pela dívida soberana no mercado secundário.
Em causa estão também as conclusões do Conselho Europeu de 24 e 25 de março relativas ao futuro mecanismo de resgate pós 2013, que contempla a possibilidade de uma reestruturação de dívida por parte dos países que recorrerem a este tipo de ajuda e ainda a subordinação da dívida emitida pelo fundo, que daria preferência como credor, em caso de qualquer tipo de incumprimento, ao mecanismo em detrimento dos investidores comerciais.
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