Na quarta-feira à tarde, um grupo uma dezena e meia de requerentes de asilo manifestou-se ruidosamente na avenue Monterey, na capital, frente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Oriundos de países como o Iraque, Palestina, Tunísia, Libano e Nigéria, estes disseram ao CONTACTO querer assim expressar o seu desespero, a sua angústia e a das famílias, por não terem tido ainda resposta aos seus pedidos de asilo da parte das autoridades luxemburguesas.
Alguns estão a aguardar há meses, outros há quase dois anos. Queixam-se estar a viver uma "morte lenta" em centros de refugiados como em Weilerbach, no Marienthal, ou em certos parques de campismo, como em Wiltz, e denunciam as péssimas condições desses centros.
"Somos tratados como cães", dizem, e o facto de não puderem fazer absolutamente nada sem ser esperar - não podem trabalhar nem seguir formações - , deixa-os angustiados, queixam-se.
Alguns denunciam falta de respeito humano da parte das administrações luxemburguesas e gritam várias vezes em unissono "Luxemburgo racista". Lembram que são seres humanos com a sua dignidade e os seus sonhos. "Não somos criminosos e muitos de nós têm qualificações profissionais avançadas".
Mais protestos se não houver resposta até 10 de Maio
O grupo de manifestantes avisa que vai haver mais manifestações no futuro próximo se o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Imigração nao acelerar os prazos de respostas aos seus dossiers. E fixam uma data: se até 10 de Maio não houver respostas concretas, os manifestantes estão determinados a efectuar demonstrações mais fortes, pacificas precisam, mas com mais impacto. E não afastam a possibilidade de encetarem greves das fome em frente ao ministério.
"Só queremos uma resposta. Se não nos querem cá, digam-nos, mas dêem-nos uma reposta".
Texto e Fotos: Jorge Rodrigues
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