Apenas um terço dos portugueses considera o direito a circular e a residir livremente na União Europeia como o mais importante dos cidadãos comunitários, um dos valores mais baixos entre os 27, revela um inquérito hoje divulgado em Bruxelas.
Um estudo sobre os direitos dos cidadãos e desempenho da administração da União Europeia, encomendado pelo Parlamento Europeu e Provedor de Justiça da UE, revela que 34 por cento dos portugueses consideram que o direito mais importante de que beneficiam enquanto cidadãos europeus é o de apresentar queixas ao Provedor de Justiça da UE, e apenas 33 por cento elegem a livre circulação como o direito mais significativo, contrastando com a média europeia.
Em média, 48 por cento dos europeus apontam o direito a trabalhar e residir noutro Estado-membro como o principal direito dos cidadãos da UE, sendo o valor registado em Portugal o segundo mais baixo, apenas atrás de Itália (28 por cento), e a par de Grécia e Malta (também 33 por cento).
No conjunto da UE, o direito a boa administração por parte das instituições europeias foi o segundo mais “votado” (33 por cento), sendo em Portugal o terceiro (29 por cento). Apenas na terceira posição surge o direito a apresentar queixas perante o Provedor de Justiça da UE (32 por cento).
Apesar de este direito ser o mais votado pelos portugueses, uma larga maioria das pessoas inquiridas em Portugal, 58 por cento, superior à média europeia de 48 por cento, admite não ter interesse em obter informações sobre as responsabilidades do Provedor de Justiça Europeu.
Portugal apresenta ainda o segundo valor mais elevado de pessoas que dizem simplesmente não saber qual o seu principal direito enquanto cidadãos da UE (16 por cento, apenas superado pelos 17 por cento da Irlanda).
O inquérito foi conduzido em Portugal pela TNS Euroteste entre 12 de fevereiro e 01 de março de 2011 junto de 1.010 pessoas.
(Lusa)
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