Ao contrário do que foi anunciado em Abril, o Pfaffenthal vai ficar ligado ao Kirchberg não por escadas rolantes mas por um funicular. E isto, já em 2017.Ou seja, o projecto da gare sob a ponte Grande-Duchesse Charlotte (dita "ponte vermelha") fica como projectado, mas em vez de escadas rolantes ladeira acima, um funicular permitirá aos utentes subir desde a rue Saint-Mathieu até à nova estação ferroviária e daí até ao Kirchberg, onde poderão optar entre o autocarro ou o eléctrico.
Foi o que anunciou na segunda-feira o ministro das Obras Públicas, Claude Wiseler.
O funicular é mais rápido que as escadas rolantes e permitirá aos utentes atingir a place de l'Europe e o boulevard Kennedy (onde estão as torres gémeas) em 1 minuto e 10 segundos em vez de 7 ou 8 minutos com as escadas mecânicas, explicou o ministro. O funicular permite, além disso, transportar em 10 minutos cerca de 1.200 passageiros e é acessível a pessoas em cadeiras de rodas ou com bicicletas ou carrinhos de bebé, etc. Haverá duas linhas de funicular sempre a funcionar, uma ascendente, outra descendente.
Recorde-se que em Abril, o ministro tinha adiantado que os Caminhos de Ferro Luxemburgueses (CFL) também já elaboraram horários provisórios para esta nova estação ferroviária, onde está prevista a circulação de seis comboios por hora nos dois sentidos.
Assim, dentro de seis anos, o morador do Pfaffenthal poderá apanhar na nova estação ferroviária o comboio para a gare central ou ir, mais acima, até ao bairro europeu. Alguém que venha em comboio de fora da capital e que queira chegar ao Kirchberg, já não deverá descer na estação central da capital e apanhar um autocarro para o bairro europeu, mas mudar de comboio na estação central ou deixar-se ir até à gare sob a ponte vermelha e daí "saltar" para o funicular. Os passageiros vindos da gare central ganham 6 minutos no trajecto até ao Kirchberg, os utentes vindos em comboio do Norte do país ganham 12 minutos. Segundo o ministro, a estação sob a ponte vermelha alivia não só a gare central, mas também as principais artérias da capital, como a avenue de la Liberté, o boulevard Royal e o Centro Hamilius. O ministro explicou que é através de infra-estruturas como estas, bem como com o eléctrico, que se pretende facilitar a circulação de cada vez mais pessoas, transportes públicos e automóveis de e para o Kirchberg, um bairro que continuará a crescer e muito nos próximos anos. O eléctrico deverá estar pronto também em 2017 (início da obra em 2014), e pretende ser um projecto complementar desta nova gare.
As estimativas do governo apontam para que no fim da década cerca de 45 mil pessoas trabalhem e morem no Kirchberg.
As obras do funicular e da estação ferroviária, que deverão arrancar em 2014 e durar três anos, estão orçadas em 93 milhões de euros: a estação sob a ponte vermelha deverá custar 34 milhões e o funicular cerca de 59 milhões, ou seja, o equivalente do que custaria o sistema de escadas rolantes.
Elevador do Pfaffenthal pronto em 2012
As obras de construção do elevador panorâmico que ligará o Pfaffenthal à cidade alta continuam. O investimento que está a ser feito eleva-se a 7,57 milhões de euros e o elevador, juntamente com a passagem aérea, deverão estar prontos no início de 2012.
Trinta segundos bastarão para subir do Pfaffenthal até ao centro da capital. Um importante passo em frente na qualidade de vida e mobilidade dos moradores do bairro. E um impulso importante para o desenvolvimento. Recorde-se o desenvolvimento de que beneficiou o Grund depois da instalação do elevador.
A estrutura comporta três partes: um tronco em betão armado e aço, que sustentará a caixa do elevador, e uma "passerelle” de 70 metros de comprimento que desembocará no parque Pescatore. A passagem aérea será construída em aço e vidro, e terá um sistema para absorver as vibrações da ponte e da coluna do elevador provocadas pelo vento.
A cabina do elevador será externa, com uma grande superfície vidrada e a traseira opaca para proteger as pessoas com vertigens. A altura é de 60 metros e a distância será percorrida pelo elevador em apenas 30 segundos. Foi também pensado num acesso para bicicletas.
O elevador foi concebido para resistir às intempéries. O acesso far-se-á por um túnel cavado na rocha, na rua paralela a rue de Saint-Mathie, que percorre o Pfaffentahl. Uma parede de sustentação será construída para evitar desabamentos.
A coluna do elevador e a passagem aérea serão compostos de módulos sobrepostos, que serão montados pouco a pouco. Depois serão colocadas as partes metálicas. A coluna será estabilizada através de uma espécie de “muleta” metálica. Só depois de montada a coluna e preparado o seu interior para receber o elevador é que a passagem aérea será colocada, em quatro fases.
O elevador que ligará a parte alta da cidade ao Pfaffenthal, deverá a termo funcionar a par com o funicular que vai ser construído sob a ponte vermelha e que ligará o bairro ao Kirchberg, e que ficará situado a cerca de 300 metros dali, por cima da rue de Saint Mathieu (ver artigo na página ao lado).
FP/JLC
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