O Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL) diz que o Governo se prepara para acabar com o ensino de português no estrangeiro, mantendo uma presença "simbólica" apenas nas grandes cidades."Ainda não havia a crise que agora é usada como pretexto e já tinham começado os enormes cortes neste ensino. Agora continuam. Os professores trabalham em condições impossíveis, não há a mínima qualidade de ensino e essas condições vão tornar-se ainda piores no próximo ano lectivo", disse à agência Lusa a secretária-geral do SPCL, Teresa Soares.
A dirigente sindical adiantou que a situação está a "piorar gradualmente", dando como exemplo o corte de 30 cursos na rede de ensino de português no estrangeiro em relação ao ano passado, decidido em Junho, a que se seguiu, em Setembro, a decisão de não substituir professores que se encontrem em licença de maternidade ou que se reformem a meio do ano.
"Todos esses alunos ficarão sem aulas. Na área de Estugarda, onde lecciono, estão no momento mais de 300 alunos sem aulas e assim vão continuar até Fevereiro. Acresce a isto, o facto do Instituto Camões, que tutela desde 2010 o ensino de português no estrangeiro, ter cancelado um concurso para colocar professores no ensino básico e secundário e nos leitorados no estrangeiro".
Sem comentários:
Enviar um comentário