Os residentes no Luxemburgo vão consagrar este ano menos 23 % do seu orçamento aos gastos com as festas do Natal e do Fim de Ano.
É uma das maiores baixas em termos europeus reveladas ontem por um estudo da consultora Deloitte. Uma redução que segundo a consultora tem por base a convicção de que o Luxemburgo está em crise: seis em cada dez residentes no Grão-Ducado acreditam que o país está em recessão, o que equivale a 59 % da população inquirida.
No ano passado, 46 % da população acreditava que a economia estava estável. Um valor que está dentro dos parâmetros da média europeia. Este indicador é superior nos países mais afectados por medidas de contenção orçamental, como a Grécia (92 %), Portugal (88 %), Itália (84 %), Irlanda (78 %) e Espanha (72 %). Os números agora divulgados constam da 14a edição do estudo de Natal da Deloitte que pelo terceiro ano consecutivo inclui o Luxemburgo.
O Luxemburgo faz ainda parte do grupo de países mais pessimistas quanto ao futuro: 52 % da população pensa que o estado da economia vai piorar, quando no ano passado apenas 22 % da população expressou este sentimento.
Outro dado: este ano há o dobro de luxemburgueses que no ano passado a pensar que o seu poder de compra vai baixar em 2012. Ou seja, 36 % dos inquiridos, contra apenas 19 % no ano passado.
Curioso é que apesar deste sentimento negativo, os luxemburgueses estão acima da média europeia quando se pergunta se vai olhar para o preço na altura de comprar um presente de Natal: 41 % dos inquiridos dizem que vão comprar um presente sem olhar para o preço, um número que é 11% superior à media dos outros consumidores europeus. Para as compras de Natal, 57 % dos residentes no Grão-Ducado pensam comprar presentes que estejam em promoção. No resto da Europa, o número sobe para 65 %.
PORTUGUESES MUITO PESSIMISTAS
A visão dos portugueses sobre o estado da economia degradou-se. Segundo a Deloitte, no ano passado 75 % dos entrevistados acreditava estar numa recessão. Este ano o número subiu para 88 %, e as expectativas da consultora para 2012 indicam que 72 % dos consumidores acham que a situação irá piorar, face a 58 % em 2010.
A 14a edição do estudo de Natal da Deloitte, realizada antes de serem conhecidas as medidas de retenção dos subsídios de férias e Natal de 2012 e 2013 e o aumento da carga fiscal para o próximo ano, revelou que a evolução do clima económico, a perda de poder de compra e o receio de perder o emprego levam 72 % dos portugueses a acreditar que o próximo ano vai ser "ainda mais negativo” do que 2011.
Esta visão sobre a economia piorou em todos os países europeus, à excepção da Irlanda e da Ucrânia, e aproxima-se hoje dos níveis que a consultora registou em 2008. As perspectivas futuras também se deterioram; em 2010, um em cada quatro consumidores acreditava que a situação económica ia melhorar no ano seguinte. Hoje, menos de um em 10 consumidores acredita na retoma a curto prazo.
DM
Foto: Marc Wilwert
É uma das maiores baixas em termos europeus reveladas ontem por um estudo da consultora Deloitte. Uma redução que segundo a consultora tem por base a convicção de que o Luxemburgo está em crise: seis em cada dez residentes no Grão-Ducado acreditam que o país está em recessão, o que equivale a 59 % da população inquirida.
No ano passado, 46 % da população acreditava que a economia estava estável. Um valor que está dentro dos parâmetros da média europeia. Este indicador é superior nos países mais afectados por medidas de contenção orçamental, como a Grécia (92 %), Portugal (88 %), Itália (84 %), Irlanda (78 %) e Espanha (72 %). Os números agora divulgados constam da 14a edição do estudo de Natal da Deloitte que pelo terceiro ano consecutivo inclui o Luxemburgo.
O Luxemburgo faz ainda parte do grupo de países mais pessimistas quanto ao futuro: 52 % da população pensa que o estado da economia vai piorar, quando no ano passado apenas 22 % da população expressou este sentimento.
Outro dado: este ano há o dobro de luxemburgueses que no ano passado a pensar que o seu poder de compra vai baixar em 2012. Ou seja, 36 % dos inquiridos, contra apenas 19 % no ano passado.
Curioso é que apesar deste sentimento negativo, os luxemburgueses estão acima da média europeia quando se pergunta se vai olhar para o preço na altura de comprar um presente de Natal: 41 % dos inquiridos dizem que vão comprar um presente sem olhar para o preço, um número que é 11% superior à media dos outros consumidores europeus. Para as compras de Natal, 57 % dos residentes no Grão-Ducado pensam comprar presentes que estejam em promoção. No resto da Europa, o número sobe para 65 %.
PORTUGUESES MUITO PESSIMISTAS
A visão dos portugueses sobre o estado da economia degradou-se. Segundo a Deloitte, no ano passado 75 % dos entrevistados acreditava estar numa recessão. Este ano o número subiu para 88 %, e as expectativas da consultora para 2012 indicam que 72 % dos consumidores acham que a situação irá piorar, face a 58 % em 2010.
A 14a edição do estudo de Natal da Deloitte, realizada antes de serem conhecidas as medidas de retenção dos subsídios de férias e Natal de 2012 e 2013 e o aumento da carga fiscal para o próximo ano, revelou que a evolução do clima económico, a perda de poder de compra e o receio de perder o emprego levam 72 % dos portugueses a acreditar que o próximo ano vai ser "ainda mais negativo” do que 2011.
Esta visão sobre a economia piorou em todos os países europeus, à excepção da Irlanda e da Ucrânia, e aproxima-se hoje dos níveis que a consultora registou em 2008. As perspectivas futuras também se deterioram; em 2010, um em cada quatro consumidores acreditava que a situação económica ia melhorar no ano seguinte. Hoje, menos de um em 10 consumidores acredita na retoma a curto prazo.
DM
Foto: Marc Wilwert
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