Logo atrás estão os franceses e os irlandeses (ambos com 14,2 litros por pessoa), os húngaros (12 litros por pessoa) e os checos (11,8 litros por pessoa).
Um estudo hoje publicado pela revista médica britânica The Lancet indica que uma em cada dez pessoas na Europa morre devido ao consumo de álcool, enquanto a nível mundial a taxa é de um por cada 25 habitantes.
De acordo com uma investigação realizada por Jürgen Rehm, do Centro para a Adição e Saúde Mental de Toronto, o consumo médio no mundo é de 6,2 litros álcool por ano, o equivalente a 12 unidades por semana, sendo que uma unidade equivale a 10 gramas de álcool puro, dez centilitros de vinho ou 25 centilitros de cerveja.
Este consumo varia entre 21,5 unidades por semana na Europa, 18 unidades na América do Norte e apenas 1,3 unidades nos países do mediterrâneo oriental.
"Em todas as regiões do mundo, os homens consomem mais álcool do que as mulheres", revelam os autores do estudo, embora a maioria da população mundial (45 por cento dos homens e 65 por cento das mulheres) "não o consuma nunca".
O álcool causa toda uma gama de acidentes: doenças do fígado, cancro da boca ou da garganta, cancro colorectal, depressão ataques cerebrais, acidentes rodoviários e violência, e os seus efeitos nefastos na saúde são claramente mais importantes do que os eventuais benefícios contra as doenças cardiovasculares, aliás controversos, considera o estudo.
Em 2004, 3,8 por cento das mortes (6,3 por cento de homens e 1,1 por cento de mulheres), ou seja, quase uma em 25 no mundo, foi atribuível ao álcool. Este indicador está em alta desde 2000, com mais mulheres a beberem álcool.
Os números são claramente mais elevados na Europa, com 10 por cento das mortes atribuíveis ao álcool, e 15 por cento na Rússia, onde mais de metade dos óbitos antes dos 55 anos estão ligados ao álcool, de acordo com outro estudo realizado por David Zaridze, do Centro do Cancro russo.
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