Para Ahmadinejad, as eleições foram "totalmente livres", apesar de os apoiantes do seu opositor Hussein Moussavi terem saído às ruas para protestarem contra os resultados das eleições.
Durante todo o dia de sábado, jovens apoiantes de Mussavi defrontaram a polícia em alguns locais do centro da capital iraniana. A polícia tinha proibido qualquer concentração de partidários dos candidatos presidenciais após o fecho das urnas. Mussavi apelou aos seus partidários para manterem a calma, mas os tumultos continuaram.
Mir Hossein Mussavi, o principal adversário de Ahmadinejad e dado como vencido, advertiu logo na sexta-feira que "não cederá a esta encenação perigosa" criada com uma eleição manchada, segundo ele, de irregularidades. Mussavi explicou ser o seu "dever religioso e nacional revelar os segredos deste processo perigosos e explicar as suas consequências destrutivas para o destino do país".
A campanha Mussavi pediu sábado ao Conselho dos Guardiães, a máxima autoridade eleitoral que valida os resultados, que reveja os "erros" ocorridos nas eleições e que anule os resultados. Numa conferência de imprensa, Ali Akbar Mortazaminpur, chefe do comité de vigilância das eleições de Mussavi, disse que "os erros" cometidos não são "símbolo da democracia iraniana", pelo que pediu ao conselho que os avalie e repita as eleições.
Entre os "erros", Mortazaminpur indicou a falta de boletins de voto, apesar de terem sido impressos cinco milhões a mais, os obstáculos ao trabalho dos delegados de cada candidato e a interrupção de mensagens de telemóvel.
Logo após o fecho das urnas, Mussavi declarou vitória nas eleições presidenciais com uma "grande distância" em relação ao seu rival, adiantando basear-se em sondagens à boca das urnas feitas pelos seus delegados.
No entanto, pouco minutos depois, a agência estatal Irna adiantou-se à Comissão Eleitoral e assegurou que Ahmadinejad tinha ganho com mais de 60% dos votos.
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