José Sócrates falava em Bruxelas no final de uma cimeira de dois dias de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, na qual José Manuel Durão Barroso recebeu o "apoio unânime" dos 27 com vista à sua recondução na liderança do executivo comunitário, que terá de ser apoiada por uma maioria da nova assembleia, numa votação que poderá ter lugar já em Julho."Acho que essa maioria existirá e acho que será uma maioria maior do que aquela que muitos estão à espera", comentou hoje o primeiro-ministro português.José Sócrates disse acreditar que Durão Barroso "não apenas terá uma maioria no Parlamento, mas será apoiado pelas famílias políticas que são pró-europeias e que querem uma Europa mais forte", como a do Partido dos Socialistas Europeus (PSE), a segunda maior força do hemiciclo, na qual está integrada a delegação do PS.
"Tenho também orgulho em poder dizer que dei uma contribuição para que o presidente da Comissão possa ser escolhido pelas duas principais famílias políticas, porque isso é importante para o dr.Durão Barroso - tenho a certeza que é esse o seu desejo -, e para a Europa e para o projecto europeu", afirmou.Sustentando que Durão Barroso "não é e não pretende ser um candidato de uma facção", mas sim "do Conselho e da Europa", José Sócrates disse esperar uma atitude construtiva por parte da família socialista no Parlamento Europeu."Não posso responder pelos outros e por outras delegações, mas tenho a certeza que muitos socialistas perceberão que este não é o momento para afirmar posições sectárias do ponto de vista ideológico, mas sim de contribuir para uma solução ao nível europeu que reforce a legitimidade das instituições", afirmou.Escusando-se a falar "da delegação portuguesa e da posição dos socialistas portugueses", já que para tal teria que falar "na condição de secretário-geral do PS", José Sócrates observou no entanto que todos "conhecem qual é a posição oficial" do partido (de apoio a Durão Barroso).O primeiro-ministro reiterou hoje a "satisfação da delegação portuguesa" com o facto, "raro", de o nome de José Manuel Durão Barroso ter reunido a unanimidade do Conselho, repetindo que a recondução de um português como presidente da Comissão Europeia é "um dado muito positivo para Portugal".
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