Jean-Claude Juncker, que oficialmente toma hoje posse à frente do seu quarto Governo, como primeiro-ministro (é chefe do Executivo desde 1995), adiantou já que a sua nova equipa vai começar por analisar a situação económica mensalmente.
"A situação será influenciada por consequências da crise económica que ainda não conhecemos", disse.
Em 2008, o crescimento económico baixou 0,9 %, prevendo-se este ano uma quebra de 4 a 4,4%. A retoma só deverá chegar em 2010, ano para o qual se prevê um ligeiro aumento de 0,8 %.
No pior dos casos, o orçamento da administração pública poderá vir a ter um défice entre 800 milhões e 2 mil milhões de euros nos próximos cinco anos, e o Orçamento de Estado um défice entre 1,5 e 2 mil milhões de euros em 2014.
Neste caso, segundo Juncker, o Estado teria de fazer um empréstimo anual entre 1,5 e 2,4 mil milhões de euros, o que, em cinco anos de legislatura, corresponderia a um endividamento de cerca de 12 mil milhões de euros, caso em que os actuais 14 % de défice do Produto Interno Bruto (PIB) aumentariam para 39 % em 2014.
Até 2010, a política de investimento actual vai ser mantida, garante Juncker, pelo menos enquanto a dívida do Estado não subir demasiado. "As medidas de poupança, neste momento, impediriam o relançamento da economia", defende Juncker, garantindo que não haverá nenhum aumento dos impostos até 2011.
O projecto do eléctrico e das estações periféricas para a cidade do Luxemburgo vão depender da situação das finanças públicas, apesar de o Governo ter aprovado a sua construção.
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