Com apenas quatro deputados, o ADR (Partido Alternativo Reformador Democrático) marca a sua rentrée parlamentar com ataques à coligação governativa CSV-LSAP. Agora o visado é o projecto de Orçamento de Estado (OE) para 2010, as despesas nele previstas e a política financeira do Executivo. O primeiro ataque é desferido contra o projecto do eléctrico na capital (previsto para ser uma realidade em 2015).
"É preciso acabar com as despesas e os estudos para o eléctrico. Muitos políticos dizem que o eléctrico não será construído. Então não vale a pena conservar as aparências, é preciso riscá-lo do OE", insiste o líder do partido, Gast Gibéryen. Na mesma ordem de ideias, o ADR quer acabar com o projecto de construção de uma linha férrea entre a gare e o aeroporto do Findel.
"O ADR sabia e tinha-o previsto", denuncia Gibéryen, relativamente ao défice orçamental de 1,6 mil milhões de euros que a administração pública deverá registar em 2010. Às promessas eleitorais, o ADR opõe números. "Vinte anos de boom económico, 20 anos de receitas recordes, 20 anos com o mesmo ministro das Finanças e agora os cofres do Estado estão vazios em tempos de crise", ataca o líder do ADR. Mas admite que "o Governo não tem, efectivamente, outra solução senão pedir um empréstimo" para assegurar uma política anti-cíclica.
Os deputados do ADR querem explicações detalhadas sobre a situação financeira e um plano quinquenal de evolução orçamental.
O ADR exprimiu ainda os seus receios quanto a um desmantelamento social na próxima reunião da Tripartida, sublinhando que "nem os cidadãos nem as PME (Pequenas e Médias Empresas) devem pagar a crise".
F. Pinto
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