Com a descoberta de água na Lua, zonas como o Mar da Tranquilidade, local onde "alunou" em 1969 o módulo Apollo 11, podem vir a adquirir outro sentido
A NASA descobriu quantidades "significativas" de água congelada na Lua, anunciou sexta-feira um responsável da agência espacial norte-americana.
A 9 de Outubro, a NASA lançou uma sonda até à Lua para procurar vestígios de água na superfície lunar.
A sonda LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) embateu próximo da cratera Cabeus, situada no pólo sul da Lua, local que os cientistas julgavam com mais hipóteses de conter vestígios de água.
Antes da sonda, a agência espacial lançou um projéctil com cerca de duas toneladas contra a Lua.
Esta descoberta é "importante" e mostra que a Lua "ainda esconde muitos mistérios", disse à agência Lusa o coordenador mundial do Ano Internacional da Astronomia.
"Nós sabemos que a água é um elemento essencial para a vida. É por isso que nós descobrirmos água fora do nosso planeta é sempre uma descoberta que é de certa forma importante", disse Pedro Russo.
O cientista espacial considera que a ida do Homem à Lua em 1969 "ficou quase em stand-by desde as missões Apollo" mas afirma que a descoberta de água na Lua pode levantar a hipótese de novas incursões do Homem.
"Alguns relatórios independentes da agência espacial norte-americana vinham a apontar que se calhar o regresso do homem à Lua não era uma prioridade mas acho que esta descoberta veio mostrar a estas comissões independentes que a lua ainda esconde muitos mistérios e que não podemos, de forma alguma, descurar a exploração da lua a par da exploração de outros corpos no sistema solar", afirmou Pedro Russo.
"Encontrámos água, não uma pequena porção mas quantidades significativas", afirmou o cientista responsável pela missão LCROSS Anthony Colaprete, em conferência de imprensa convocada ontem.
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