A comunidade portuguesa em Esch-sur-Alzette tem desde Setembro um novo padre a dirigir os destinos da Missão Católica Portuguesa do Sul. Remildo Boldori substitui o padre Miguel Dalla Vecchia, que desde 1997 foi o representante da Missão Scalabriniana no país.
O padre Remildo Boldori abre a porta da Missão Católica em Esch-sur-Alzette com um sorriso nos lábios e com um caloroso "bom dia”. Na sua boca, as palavras misturam diversas pronúncias – a italiana, que herdou dos seus pais, a brasileira, que trouxe do seu estado natal de Rio Grande do Sul, e a francesa, que adquiriu ao longo dos 25 anos de trabalho missionário que desenvolveu em França.
"Quero exercer o ministério que me foi confiado"
"A minha primeira caminhada foi com a comunidade Portuguesa na diocese de Versailles, onde acompanhei três paróquias. Onze anos depois fui para a diocese de Pontoise. Lá, no início, tinha as comunidades portuguesas e depois foram-se juntando as outras comunidades migrantes. Ao fim de oito anos, era já o responsável diocesano dos migrantes”.
A experiência que adquiriu em França enriqueceu-o muito, acrescenta: "Eu trabalhava com os migrantes da Europa e de fora da Europa e estar com ambos fez-me descobrir modos de vida, modos de rezar diferentes”.
Apesar de estar no Luxemburgo há apenas dois meses, o padre Boldori já se apercebeu que existem diferenças entre a comunidade portuguesa no Luxemburgo e em França. "A maior diferença é que, no Luxemburgo, a comunidade portuguesa está mais concentrada e existe em maior número em determinadas zonas, como aqui em Esch. Na diocese em que eu trabalhava em França, as comunidades são mais dispersas. Por isso mesmo, a igreja era o local de encontro das pessoas, onde se davam as notícias, onde se conversava. Havia pessoas que faziam até 30 quilómetros para se encontrarem com os irmãos, com os filhos”. O missionário scalabriniano diz, no entanto, que ainda não tem uma ideia feita sobre os portugueses no Luxemburgo: "Por enquanto estou olhando, conhecendo as pessoas. Primeiro que tudo, quero exercer o ministério que me foi confiado. Eu pretendo, por enquanto, estar atento àquilo que se faz nas comunidades e depois, com o andar das coisas, tentar avançar com posições”.
Apesar de estar há pouco tempo no país, diz que já se apercebeu que as comunidades migrantes vão em grande número às missas nas cinco comunidades de língua portuguesa no Sul (Bettembourg, Dudelange, Esch/Alzette, Fousbann e Rodange). "As comunidades estão bem frequentadas. Como aqui somos quatro padres a falar português, revezamo-nos pelas diferentes comunidades para celebrar as missas”.
Dizer "bom dia" é um passo para juntar uma comunidade
O padre Boldori fala de uma forma bem-humorada de uma das diferenças culturais que nota existir entre as comunidades migrantes em França e as comunidades no Luxemburgo.
”Estava habituado a, no fim da missa, ir para a porta da igreja saudar as pessoas. Aqui tem vindo muita gente mas muitos fogem [risos]. Aqui estou tentando habituar-me a circunstâncias diferentes. Eu gosto de saudar as pessoas, até porque é uma maneira de as conhecer”, diz.
Para o padre Boldori, a sua missão enquanto missionário não passa apenas por celebrar a missa mas também pelo encontro com as pessoas.
"Pode parecer uma coisa supérflua dizer bom dia às pessoas, mas é algo que perdemos às vezes, o contacto com as pessoas. Uma palavra, um 'bom dia', um 'como passou a semana', acho que é importante para que uma comunidade se encontre.”
A Missão Scalabriniana no Mundo
O movimento missionário foi formado pelo bispo João Baptista Scalabrini no século XIX para ajudar migrantes italianos no continente Americano. A partir das vagas de migração dos anos 60, expandiu-se para ajudar os migrantes de todas as nacionalidades.
O padre Boldori explica que com o passar do tempo a congregação abriu-se às novas emigrações.
"Hoje em dia já não se emigra só por razões económicas, mas também devido a conflitos. Nós tentamos adaptar-nos a essas novas realidades e estamos atentos a elas e às necessidades das novas comunidades migratórias”, conclui Remildo Boldori.
Irina Ferreira
Foto: M.Dias
Oi pe Remildo eu Iria cella acadrolli até que em fim consegui achar seu e-mail.Estou feliz em poder falar com você,gostaria que voce entrace em comtato comigo atraves de e-mail.iriaacadrolli@hotmail.com.br.um grande abraco,saudades
ResponderEliminaroi padre Remildo nao sei se se lembra de mim + um grande amigo nao se esquece numca passa o tempo que passa um abraço
ResponderEliminarass: Fatima Ap° de Assis Santos
entre em contato com migo
email:pedroca-odc@15.com
Bom dia padre remildo sou a Conceição de Soisy-sous-Montmorency comunidado Eaubonne gostaria imensamente de ter notícias suas você deixou saudades a toda a comunidade do val d'Oise se alguém souber do seu paradeiro gostaria imenso de ter notícias suas obrigada
ResponderEliminarConceição dos Santos