quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mundial2010: Para chegar ao Mundial da África do Sul há um "Adamastor" para dobrar

O magro golo de vantagem com que Portugal se apresenta hoje no relvado de Zenica, frente às hostes bósnias, faz antever um jogo num ambiente de verdadeiro "inferno", como prova a forma hostil com que a comitiva portuguesa foi recebida em Sarajevo.

Para a selecção conseguir carimbar a sua presença no Mundial da África do Sul, vai ter que conseguir dobrar um "Adamastor" personalizado na formação da Bósnia-Herzegovina.
O encontro desta noite pode vir a ser um autêntico "cabo das tormentas" para a equipa das quinas, devido ao ambiente hostil que a nossa selecção vai enfrentar.

Após uma fase de apuramento com mais baixos que altos, chegou o momento de mostrar que queremos verdadeiramente estar entre os melhores do futebol mundial.
A hora da verdade chegou! Agora é preciso demonstrá-lo dentro do campo, porque dos fracos não reza a história.

Frente a frente vão estar uma selecção que já participou em quatro Mundiais e cinco Europeus contra uma que nunca esteve numa grande prova internacional. Portugal, no 10° país do ranking da FIFA, joga contra o 42° da tabela. Ambas têm um objectivo comum: garantir uma das últimas quatro vagas europeias para o Mundial de futebol de 2010 na África do Sul.

"É uma das nações do mundo com maior concentração de talentos”, diz mesmo Blazevic, seleccionador da Bósnia.

O adversário tem uma equipa constituída por jogadores que se destacam em alguns dos mais importantes e competitivos campeonatos da Europa. Mas a sua principal arma estará na motivação.

Na Bósnia vive-se um clima de grande excitação e euforia. É o jogo da vida dos jogadores e de um dos mais jovens países europeus. "A motivação dos nossos jogadores é indescritível", garantem os dirigentes da federação bósnia.
Mas a nossa selecção sabe ao que vai. A coragem e a determinação dos jogadores portugueses tem que atingir esta noite o seu ponto máximo, porque qualidade não nos falta. Mesmo sem Cristiano Ronaldo.

Hoje, mais importante que as tácticas e as suas nuances, é o querer e a vontade que cada um (jogue quem jogar) tem que pôr ao serviço da equipa e do país.

Carlos Queiroz diz contar com a maturidade dos nossos jogadores, "que já passaram por momentos de alta tensão nos clubes”, garantiu. E acrescentou: "Somos profissionais. Trabalhamos uma vida inteira para chegar a estes momentos. Chegados aqui, vamos falar de pressão? Não. É o contrário. Sonhamos com estes momentos”.

Oxalá hoje, depois do apito final, tenhamos dobrado o cabo para chegar à África do Sul.

Á. Cruz

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