Depois de ambos terem falhado a prova do ano passado devido à falta de patrocínios, Sousa (quarto classificado em 2003) e Barbosa (24.º em 2007) lideram as esperanças portuguesas na Argentina e Chile, num total de 10 pilotos nacionais (quatro em carros e seis nas motos) que vão participar na maior prova mundial de todo-o-terreno.
O Dakar2010 vai igualmente marcar o regresso de Carlos Sousa às grandes competições, depois de ter estado afastado alguns meses devido a um problema numa hérnia discal cervical.
"As expectativas são as melhores e parto com objectivos muito ambiciosos. Quero lutar por um lugar nos 10 primeiros lugares ou até um pouco melhor", afirmou o piloto luso, que hoje partiu para Buenos Aires, onde já tem à sua espera o Mitsubishi que vai conduzir.
Contudo, Carlos Sousa admite que poderá encontrar algumas dificuldades durante a competição, pois foram poucas as vezes que competiu na região sul-americana.
"Há alguns anos atrás, competi uma semana na zona de Córdoba, mas não conheço bem a região. Nunca deixei de fazer pressão para a prova regressar a África e uma das formas de o fazer foi não ter disputado a edição de 2009", disse.
Por seu lado, Miguel Barbosa afirmou estar satisfeito em somar a sua terceira participação num Dakar e regressar à prova após um ano de ausência. E volta ambicioso, almejando uma lugar nos 10 primeiros colocados.
"Não podia deixar de estar presente no Dakar. Os meus patrocinadores, a equipa e organização foram inexcedíveis nos seus esforços, permitindo-nos preparar e enviar os carros para Buenos Aires já em cima do prazo. Penso estarmos numa estrutura forte e motivada pelo que vamos tentar alcançar um lugar dentro dos 10 primeiros", referiu.
A participação portuguesa nos carros fica completa com Ricardo Leal dos Santos (Mitsubishi) e Francisco Pita (Toyota).
Nas motos, Hélder Rodrigues (Yamaha), que vai somar a quarta participação, tem as atenções viradas para um lugar no pódio, após o quinto lugar alcançado no ano passado.
"Quero entrar na discussão por um lugar no pódio e ganhar a categoria onde estou inscrito. Penso que posso ser competitivo e dar expressão ao trabalho desenvolvido em Portugal pela minha equipa e pelos patrocinadores", afirmou o motard de 30 anos.
Pela primeira vez na Argentina e no Chile, Rúben Faria vai competir pela equipa oficial da KTM, de Cyril Despres, campeão em 2007 e um dos principais candidatos, e espera ajudar o francês a voltar a vencer a maior prova de todo-o-terreno.
"Estou bastante feliz, pois não paguei para ganhar o lugar. Fui convidado pelo meu valor. Anteriormente, tentava vencer as etapas que se disputavam em Portugal e depois chegar ao fim. Agora, vou ajudar o Cyril a vencer o Dakar. Em termos pessoais, o meu objectivo passa por chegar ao fim", revelou.
O Dakar2010 vai ter cerca de 9000 quilómetros de prova, 4810 dos quais cronometrados, num total de 14 etapas e um dia de descanso: participam 235 pilotos em carros, 186 em motos, 32 em moto-quatro e 81 em camiões, oriundos de 47 países.
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