José Manuel Durão Barroso falava no hemiciclo de Estrasburgo, horas antes de o seu novo colégio de comissários ser votado pelos eurodeputados, perante o qual apresentou as prioridades da "Comissão Barroso II", que deverá entrar em funções na quarta feira, se a assembleia eleger hoje a nova equipa.
Na antevéspera de uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da UE dedicada à política económica dos 27 para os próximos anos, e numa altura em que o assunto na ordem do dia é a situação das finanças públicas de vários Estados-membros da zona euro, entre os quais Portugal, mas com a Grécia à cabeça, Durão Barroso defendeu o papel do euro, enquanto "ferramenta fundamental" para o desenvolvimento económico do bloco europeu.
Admitindo as dificuldades com as quais a zona euro se confronta - um assunto que será debatido hoje pela assembleia de Estrasburgo, depois da votação da nova Comissão -, o presidente do executivo comunitário lembrou que vários países fora da "eurolândia", e mesmo da UE, também se confrontam com problemas semelhantes, devido a uma crise que não teve origem na zona euro.
Durão Barroso reiterou que a zona euro é "um dos maiores sucessos da história da Europa", com "capacidade para fazer face às dificuldades", e defendeu que os Estados-membros da UE devem preocupar-se, sobretudo, em coordenar melhor as políticas económicas.
"Certos políticos nacionais opõem-se, mas se queremos sair da crise e estabelecer um crescimento sólido, se queremos revitalizar a nossa indústria, a única saída é uma maior coordenação económica", sustentou.
Relativamente ao seu colégio de comissários que irá a votos hoje à tarde, Durão Barroso assegurou aos eurodeputados que se trata de "uma equipa preparada para enfrentar os desafios" e que "associa experiência e ideias novas".
"É uma equipa na qual podem votar com confiança, uma equipa que merece o vosso apoio", garantiu.
O Parlamento Europeu deverá aprovar hoje, numa votação agendada para o início da tarde, a Comissão Europeia "Barroso II", que deverá entrar em funções na quarta feira com um atraso de mais de três meses em relação à data prevista inicialmente.
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