Depois de apresentados os relatórios de actividades para os anos 2006-2009, e dos respectivos relatórios financeiros, actualmente, o presidente da CCPL, Coimbra de Matos (na foto), procede à apresentação do programa de acção da confederação, alocução que está a ser totalmente dedicada à temática "a comunidade e a integração".
Dirigindo-se à cerca de meia centena de delegados do movimento associativo português do Luxemburgo presentes no Centro Cultural de Cessange, Coimbra de Matos apelou para que as associações lusas não se resumam "a organizar bailes e festas, mas igualmente eventos de carácter mais cultural".
Coimbra de Matos criticou certas fusões de clubes portugueses com clubes luxemburgueses que foram feitas, em detrimento das associações lusas, porque "as actividades da parte portuguesa morreram ou quase desapareceram".
O presidente da CCPL apelou ainda a comunidade para que fosse repescado o projecto do Centro Cultural Português, uma ideia que nasceu no princípio dos anos 90, antes da criação do Instituto Camões.
"É verdade que o Estado português, com o apoio do Estado luxemburguês, abriram o Instituto Camões no Luxemburgo, mas porque é que isso impediria a sociedade civil de criar um centro que fosse uma estrutura que não só servisse o movimento associativo português do Grão-Ducado, como representasse a cultura lusa neste país e servisse até de plataforma de intercâmbio entre portugueses e luxemburgueses", considerou.
"Um grupo folclórico português tem a mesma legitimidade do que um clube de pingue-pongue luxemburguês"
"Conseguir dinamizar hoje um rancho folclórico português no Grão-Ducado é hoje muito dispendioso. Muitos dirigentes confiam-me que não conseguem suportar as despesas e que são inclusive os dançarinos que pagam os seus próprios fatos. Isto é inconcebível! Se um clube de pingue-pongue luxemburguês recebe subsídios do Estado luxemburguês, então o rancho português, que também faz parte do espectro cultural do Luxemburgo, merece igualmente esse tipo de subsídios e apoios", preconizou o presidente da CCPL.
Críticas apontadas aos media portugueses
Coimbra de Matos criticou também os media de Portugal que "pouco ou nada ligam às comunidades".
"Hoje esteve aqui presente a RTL, mas vêem aqui alguém da RTPi, canal que também é pago com o dinheiro que nós emigrantes enviamos para Portugal?", fustigou.
No entanto, a RTL também foi alvo de críticas. "A CCPL já propôs ao canal fazer um programa para as comunidades em presença no pais, mas a RTL fez ouvidos moucos a isso, na clara violação do cadernos de encargos que a convenção assinada com o Estado luxemburguês prevê", denunciou.
JLC/JL/CJ
Foto: JLC
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