Entretanto, chegaram já ao congresso o ministro do Trabalho e da Imigração luxemburguês, Nicolas Schmit, o embaixador de Portugal, José Pessanha Viegas, o cônsul de Portugal no Luxemburgo, José Carvalho Rosa, o presidente do CLAE, Furio Berardi, bem como os representantes do OLAI e dos sindicatos LCGB e OGBL.
"Mir hunn en Dram"
Parafraseando Martin Luther King, mas em luxemburguês, o presidente da CCPL, Coimbra de Matos, começou por dizer aos convidados e representantes das autoridades portuguesas e luxemburguesas, que "Temos um sonho" ("Mir hunn en dram").
Esse sonho é o reconhecimento do "peso" da população portuguesa no Luxemburgo, que representa já mais de 80 mil pessoas no país, disse Coimbra.
O ainda dirigente da Confederação recordou, em francês, os principais pontos do programa de acção da CCPL discutido durante o congresso deste domingo.
CCPL apela para a "inscrição automática nos cadernos eleitorais"
Também Mili Tasch-Fernandes se dirigiu aos presentes para chamar a atenção para o facto que as campanhas de sensibilização que a CCPL levou a cabo para que os portugueses se inscrevessem nos cadernos eleitorais não contou com o apoio do Estado luxemburguês. Mili Tasch apelou para que os residentes vivendo há tempo suficiente no país fossem inscritos automaticamente nas listas eleitorais, de modo a poderem votar nas próximas eleições autárquicas luxemburguesas.
Mili Tasch pediu ainda mais verbas e apoios por parte do Estado luxemburguês para o funcionamento da CCPL, "que tem sempre lutado, desde a sua fundação em 1991, para a integração plena dos cidadãos portugueses na sociedade luxemburguesa, bem como para a sua participação cívica e política".
Mili Tasch rematou, acrescentando: "Já não há nós nem vós, o Luxemburgo é a nossa casa comum. E parafraseando os luxemburgueses, ouso dizer-lhes: Mir wëlle och bleiwen wat mir sinn (também queremos continuar a ser o que somos; n.d.R.: lema dos luxemburguesas quando querem afirmar a sua nacionalidade)", no que foi uma intervenção muito aplaudida.
JLC
Fotos: JLC
O embaixador de Portugal no Luxemburgo, José Pessanha Viegas, com o ministro do Trabalho luxemburguês, Nicolas Schmit
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