Na semana passada, a cadeia de informação Al-Arabiya, noticiava que uma delegação luxemburguesa se encontrava em Cuba para negociar a transferência de um detido para o Grão-Ducado. A informação só foi confirmada hoje por Jean Asselborn.
"Trata-se de libertar uma pessoa inocente e de ajudá-la a construir uma vida nova", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, nas ondas da DNR.
A organização não governamental, Amnistia Internacional, já saudou a decisão do Governo luxemburguês, à semelhança do partido os Verdes, que na voz de François Bausch, disse que Guantanamo é uma "catástrofe humanitária".
Pelo contrário, o partido reformador ADR criticou a opção do Governo por considerar que o Luxemburgo não pode garantir a mesma segurança que os grandes países.
Já o liberal Xavier Bettel (DP), vai ainda hoje enviar uma questão parlamentar ao ministro da Justiça, François Biltgen, para pedir detalhes sobre todo o processo das negociações. Além disso, Bettel relembra que, no ano passado, o antecessor de Biltgen, Luc Frieden manifestou-se contra qualquer acolhimento de ex-prisioneiros de Guantanamo.
Recorde-se que em Dezembro de 2009, assistimos a uma discrepância sobre a matéria no seio do Governo. Antes do Natal, Asselborn recebera a visita de um antigo detido da prisão americana de Cuba e manifestou a disponibilidade de o Luxemburgo acolher um ex-recluso de Guantanamo.
Luc Frieden, na altura detentor da pasta da Justiça, disse que tal decisão traria problemas de segurança ao país. Além disso, segundo o mesmo, muitas perguntas estariam por responder, nomeadamente, se os antigos prisioneiros continuariam a ser vigiados por autoridades policiais ou por serviços secretos.
Foto: Arquivo LW
Sem comentários:
Enviar um comentário