O primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, apelou, ontem, a uma maior "disciplina verbal", no seio da coligação governamental entre os cristãos-sociais (CSV) e socialistas (LSAP).
Juncker reconheceu, em conferência de imprensa, que a actuação do Governo não tinha sido a melhor ao longo dos últimos seis meses. O chefe de Governo diz não ter gostado que certos propósitos tidos em Conselho de Governo tenham chegado à praça pública.
Além disso, criticou a falta de solidariedade de alguns ministros para com decisões tomadas em comum no Executivo. Uma clara alusão ao ministro do Trabalho, Nicolas Schmit, que, em Abril deste ano, declarou que as medidas de austeridade apresentadas pelo ministro das Finanças, Luc Frieden, não eram definitivas e eram contrárias ao programa do seu partido (LSAP).
O próprio vice-primeiro ministro, Jean Asselborn (LSAP), avisara que caso as propostas de Frieden fossem adiante não daria "mais do que 10 % de hipóteses ao Governo para acabar o seu mandato.
Uma vez que pairava no ar o cenário de eleições antecipadas, Jean-Claude Juncker viu-se obrigado a anular uma viagem a Washington onde devia participar numa reunião do G7, enquanto presidente do Eurogrupo. O primeiro-ministro viria a acalamr a situação e comunicou que tudo não passava de um mal entendido e que as propostas não eram definitivas.
Ontem, Juncker sublinhou ainda que o ministro da Economia, Jeannot Krecké (LSAP), reconhecera que o país se via confrontado com um problema de competitividade. Daí, o chefe do Executivo esperar que o Partido Socialista parta do mesmo princípio.
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