Depois do ensino primário, é a vez do ensino secundário ser reformado no Luxemburgo. À semelhança do actual ensino fundamental, será atribuída uma maior importância às competências do aluno e à sua aplicação em detrimento de uma simples reprodução de saberes como até aqui. São sobretudo as turmas inferiores do técnico (7e, 8e e 9e) que vão sofrer alterações.
"O aluno não aprende para ser avaliado, mas é avaliado para melhor aprender", declarou na quarta-feira passada a ministra da Educação, Mady Delvaux-Stehres, durante a apresentação da reforma das turmas inferiores do ensino secundário que deverá entrar em vigor a partir do ano lectivo 2013/2014.
As notas não vão ser abolidas, sendo as disciplinas submetidas a várias classificações, desde "muito bom" a "insuficiente". A título de exemplo, as línguas irão ser avaliadas em categorias: produção escrita, compreensão da escrita, compreensão e produção oral.
As turmas da 7e e 8e do liceu técnico serão reagrupadas num ciclo de dois anos. No segundo semestre da 6e (ensino clássico) ou da 8e, os alunos vão ser submetidos a uma prova nacional comum que servirá também de orientação para os anos seguintes.
Ainda no que se refere à avaliação, o novo boletim de notas irá incidir nas competências do aluno em cada disciplina, nomeadamente produção escrita, compreensão da escrita, compreensão oral, produção oral de uma língua, entre outros. No final do ciclo (8e e 6e) será traçado um balanço final de modo a verificar se aluno atingiu os níveis de competências necessários para prosseguir em frente. Outra das principais novidades prende-se com a 9e do ensino secundário técnico. Consciente de que grande parte dos alunos chumba propositadamente para subir a média das notas, a ministra da Educação anunciou que o nono ano poderá ser prolongado. Em vez de fazer novamente todo o nono ano, o aluno poderá seguir um "programa individualizado que terá em conta as suas habilidades e dificuldades".
Doravante, cada aluno vai ter também um tutor encarregue de o orientar.
"Estamos na era da mundialização, já não é como no meu tempo, em que o Luxemburgo era uma espécie de ilha", relembrou a ministra, estimando ser necessário mudar "o complicado sistema" do país para que a escola possa cumprir a sua "tripla missão: instruir, socializar e qualificar".
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