Para o próximo ano, os carteiros deixam de ser contratados como funcionários públicos. A direcção e os sindicatos da empresa de correios e de telecomunicações P&T assinaram na quarta-feira um acordo "que não acaba com a profissão de carteiro, mas que significa a contratação de novo pessoal sob o estatuto de empregados privados a partir de 1 de Maio de 2011", explicou director-geral da P&T, Marcel Gross.
Recorde-se que o sector das telecomunicações terá de se abrir completamente ao investimento privado até 2013, segundo as directivas europeias. O Luxemburgo, por causa da dimensão do seu território, e a Grécia, devido ao seu elevado número de ilhas, beneficiaram de uma derrogação. Os restantes Estados-membros da UE têm de aplicar a directiva imposta por Bruxelas já a partir de 1 de Janeiro do próximo ano.
A partir de 1 de Maio de 2011, o novo pessoal recrutado da P&T será temporariamente designado de "assistente" e vai ficar a cargo de um carteiro com experiência.
Os actuais 480 carteiros que trabalham na distribuição de correio mantêm o estatuto de funcionários públicos e ficam encarregues de dar formação ao pessoal novo.
A partir de Janeiro de 2011, serão negociados contratos colectivos para todos os assalariados que trabalhem sob o estatuto de empregado privado no seio da P&T.
O presidente do sindicato dos carteiros ("Bréifdréieschgewrkschaft"), Eugène Kirsch, admitiu ter assinado o acordo "contra a vontade e apenas com o objectivo de perenizar o futuro da empresa".
Foto: Marc Wilwert
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