quinta-feira, 24 de março de 2011

Exposição "ArTonio" em Oberkorn, até domingo

Toni Ferreira apresentou, pela primeira vez, as suas obras de arte na galeria municipal Marcel Noppeney, em Oberkorn.

O vernissage teve lugar na sexta-feira e a exposição "ArTonio" está patente até 27 de Março. Diante do público presente, Toni mostrou-se tímido, humilde e agradeceu a presença de todos os visitantes.

É com natural orgulho e à-vontade que Toni descreve cada uma das suas esculturas. Artista nas suas "horas perdidas", Toni "vê na natureza morta, nos objectos aos quais ninguém presta atenção, formas curiosas e uma vida, algo que um olho desatento não vê", confia um dos visitantes. "É um artista com muito potencial, com muita qualidade", revela outro. Sendo a sua primeira exposição, Toni confia-nos que se não fosse o empurrão dos seus próximos, provavelmente nunca teria proposto expor as suas obras. "Seria pretensioso da minha parte afirmar que as minhas obras são dignas de uma grande exposição", diz Toni. No entanto, acreditando que as suas esculturas são belas, é com satisfação que o artista decidiu partilhá-las com o público. "Todas as peças têm historia, mas é claro que tenho algumas que são muito importantes para mim". Na exposição é notória a utilização de peças abandonadas da natureza, peças mortas, às quais o artista deu uma nova vida. Não há uma matéria predilecta, "não fiz estudos de arte, por isso tudo o que faço não segue nenhuma regra, e uso as matérias porque sou curioso e porque gosto de experimentar", explica o artista. "Começo em qualquer sítio, sou pouco organizado, gosto de ter o meu tempo e espaço para criar, por vezes demoro meses a acabar uma obra, outras vezes começo e não consigo parar". Várias são as anedotas que Toni tem para contar sobre as suas obras, tendo mesmo uma peça cuja base, um tronco de madeira, veio de uma praia de Portugal.

As obras estão patentes até domingo, mas algumas já foram vendidas, algo difícil para o artista, que vê nas suas criações uma parte de si e da sua história. A sua obra em vidro representa, para além de um ditado popular da Irlanda, um poema do seu pai, falecido há alguns anos.

Toni Ferreira afirma que não sabe se esta será a sua única exposição, "mas é já um começo", pelo que "se sentir que as pessoas se apaixonam pelo que faço, já é uma vitória para mim". "Adoro coisas bonitas e é o que faço. Para mim, as obras são lindas", conclui o artista.

Sabrina Sousa
Foto: Sérgio Lontro

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