Os habitantes do Luxemburgo estão cada vez mais ricos e poupam cada vez mais. Foi o que ressaiu recentemente na apresentação das contas financeiras do Luxemburgo, com, desta vez, um destaque principal para as famílias e os actores do sector financeiro.
Entre 2006 e 2011, a riqueza financeira líquida das famílias aumentou mais de 50 % para atingir 34,34 mil milhões de euros, o que corresponde, segundo o Statec, a um aumento anual de 8 %.
Se foram contabilizadas todas as posses e propriedades mobiliários e imobiliárias, a riqueza total dos habitantes do país eleva-se a 55,85 mil milhões de euros, contra 36,62 mil milhões em 2006.
A maior parte, cerca de 25,94 mil milhões, está depositado nos bancos, enquanto nos "porta-moedas" (ou seja, em líquido na posse dos cidadãos) encontram-se 1,99 mil milhões. Acções e participações constituem 12,58 mil milhões de euros, os títulos de valor 7,90 mil milhões, e os seguros vida 4,28 mil milhões. O que confirma que, independentemente da crise financeira, o poder de economia dos residentes continuou a aumentar.
No entanto, as dividas também aumentaram 52,1 %. Há cinco anos, os cidadãos do Luxemburgo tinham empréstimos no valor de 13,84 mil milhões de euros. Hoje, a sua dívida é de 21,51 mil milhões. Os empréstimos a longo prazo (por exemplo: compra de casa) aumentaram em cinco anos de 12,97 para 19,53 mil milhões de euros (+50,5 %). Um aumento bastante acentuado nota-se também nos empréstimos a curto prazo. Sendo na sua maioria empréstimos de consumo, como para a compra de automóveis, estes subiram de 0,87 mil milhões de euros para 1,99 mil milhões (128,7 %).
Mas apesar deste aumento não ter sido tão importante como o da riqueza, o número de habitantes do Grão-Ducado também cresceu. Segundo o Statec, a população nacional aumentou 8,9 % em cinco anos, para atingir hoje as 511 mil pessoas (469 mil, em 2006).
O instituto de estatística luxemburguês apresentou igualmente as contas do institutos financeiros. Os bancos, fundos de investimento e seguradoras detêm 5.207,61 mil milhões (+70 %) de fundos, contra 5.186,83 (+74,7 %) de dividas, o que perfaz um resultado líquido de 20,77 mil milhões de euros.
Carlos de Jesus
Foto: Marc Wilwert
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