quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Portugal: Governo encerra, a 1 de Janeiro, 300 quilómetros de linha ferroviária


O Governo vai encerrar, a 1 de Janeiro, cerca de metade dos 622 quilómetros de linha ferroviária que pretende suprimir no próximo ano, no âmbito do Plano Estratégico dos Transportes (PET). A partir de domingo, vão ser desactivadas as linhas do Corgo e Tâmega e o Ramal da Figueira da Foz e encerrado o serviço de passageiros na linha do Leste e na ligação Beja - Funcheira, num total de 301,6 quilómetros.

A CP afirma que “atendendo à conjuntura atual, à imperiosa necessidade de redução de custos e aos significativos prejuízos decorrentes dos serviços em causa, não estão reunidas as condições para continuar a assegurar a exploração ferroviária destas ligações (Linha do Leste e Beja-Funcheira).

"No caso da ligação Beja- Funcheira, com custos operacionais na ordem dos 605 mil euros por ano, a reduzida procura – em média de quatro passageiros por comboio – resulta em proveitos de apenas 16 mil euros por ano", lê-se no comunicado da CP.

A empresa informou ainda que vai suprimir o transporte rodoviário alternativo nas Linhas do Corgo e Tâmega e no ramal da Figueira da Foz a partir de 1 de Janeiro, pondo fim a um serviço que assegurou durante os últimos anos.

"Deixando de existir a infraestrutura para a prestação do serviço de transporte ferroviário, não deve ser o operador deste transporte a assegurar as alternativas de mobilidade das populações”, informa a CP em comunicado.

A CP refere ainda que "o recurso a operadores rodoviários locais será a solução mais adequada para assegurar a mobilidade das populações, tanto no que se refere à necessária sustentabilidade económica, como do ponto de vista ambiental".

O Governo pretende encerrar também no próximo ano os serviços de passageiros nas linhas do Vouga (95,8 km), do Oeste, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz (55,7 km), de Cáceres (80,1) e do Tua (54,1 km).

No total, vão ser desactivados 622,7 quilómetros, que representam 18% da reto da redde ferroviária e vão juntar-se aos 23% que já tinham sido encerrados.  

Texto e foto: LUSA

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