Em exibição no espaço H2O, em Differdange, até ao dia 12 deste mês, a exposição "Out of Line" convida a uma arrojada visita ao mundo da arte urbana, uma vez que estão patentes, através do graffiti, design gráfico, ilustração e escultura, as obras de três artistas internacionais de renome: o luxemburguês Sumo, o francês Alëxone e o português Alexandre Farto, vulgo Vhils.
Depois de ter marcado presença na semana passada, Vhils, artista em ascensão, rumou a Shangai para se fazer representar noutra exposição. Em virtude da sua ausência, o CONTACTO esteve à conversa com o seu colega e amigo Sumo, responsável também pela organização do evento. Questionado sobre a parceria, Sumo contou-nos que conheceu Vhils "em 2004, quando pintávamos muros e paredes juntos na rua, em Lisboa". "Ele convidou-me para fazer uma exposição e tornámo-nos amigos".
Sumo, também ele com obras em exposição, confidenciou-nos ser um admirador do trabalho de Vhils, que considera "formidável e original", pelo que não descarta projectos em comum: "Penso que seria fácil combinar os nossos trabalhos, aliás, nós já falámos, inclusive, em talvez fazer uma obra de arte em conjunto. Ele esculpiria um retrato e eu pintá-lo-ia".
Com o apoio financeiro e logístico da comuna de Differdange, cidade empenhada em promover a arte junto do público mais jovem (e não só), Sumo congratula-se com o êxito da mostra. "É, desde já, um sucesso ter o Alexöne e o Vhils comigo, três bons amigos a fazerem uma exposição juntos, sobretudo o Vhils, uma vez que esta é já a terceira tentativa de conseguir trazê-lo cá e assim o objectivo já está cumprido. Tenho também conhecimento de que há bastantes pessoas interessadas no trabalho dele".
Inicialmente proposta à capital, esta iniciativa acabou por decorrer num espaço habitualmente dedicado a expressões de arte mais tradicionais, porque Sumo nunca encontrou "ninguém verdadeiramente responsável que levasse isso [a exposição] a bom porto".
Por seu turno, Differdange acolheu e apoiou com muito orgulho esta mostra, e, tendo em conta a expressiva comunidade portuguesa, Réjane Nennig, responsável pelo pelouro da Cultura da cidade, também nos revelou a importância de "trazer aqui artistas que façam a ligação entre a arte e a população" e de "demonstrar que a arte do graffiti, hoje em dia, não é sempre a mesma coisa e que, com isto, os jovens se podem inspirar".
Por último, Sumo atribui a escolha de "Out of Line" ao facto de se tratar de uma saída "do trilho em termos de arte, tal como a vemos habitualmente, sobretudo neste espaço, normalmente dedicado a trabalhos artísticos mais convencionais".
Texto: Gonçalo Guimarães Gomes
Depois de ter marcado presença na semana passada, Vhils, artista em ascensão, rumou a Shangai para se fazer representar noutra exposição. Em virtude da sua ausência, o CONTACTO esteve à conversa com o seu colega e amigo Sumo, responsável também pela organização do evento. Questionado sobre a parceria, Sumo contou-nos que conheceu Vhils "em 2004, quando pintávamos muros e paredes juntos na rua, em Lisboa". "Ele convidou-me para fazer uma exposição e tornámo-nos amigos".
Sumo, também ele com obras em exposição, confidenciou-nos ser um admirador do trabalho de Vhils, que considera "formidável e original", pelo que não descarta projectos em comum: "Penso que seria fácil combinar os nossos trabalhos, aliás, nós já falámos, inclusive, em talvez fazer uma obra de arte em conjunto. Ele esculpiria um retrato e eu pintá-lo-ia".
Com o apoio financeiro e logístico da comuna de Differdange, cidade empenhada em promover a arte junto do público mais jovem (e não só), Sumo congratula-se com o êxito da mostra. "É, desde já, um sucesso ter o Alexöne e o Vhils comigo, três bons amigos a fazerem uma exposição juntos, sobretudo o Vhils, uma vez que esta é já a terceira tentativa de conseguir trazê-lo cá e assim o objectivo já está cumprido. Tenho também conhecimento de que há bastantes pessoas interessadas no trabalho dele".
Inicialmente proposta à capital, esta iniciativa acabou por decorrer num espaço habitualmente dedicado a expressões de arte mais tradicionais, porque Sumo nunca encontrou "ninguém verdadeiramente responsável que levasse isso [a exposição] a bom porto".
Por seu turno, Differdange acolheu e apoiou com muito orgulho esta mostra, e, tendo em conta a expressiva comunidade portuguesa, Réjane Nennig, responsável pelo pelouro da Cultura da cidade, também nos revelou a importância de "trazer aqui artistas que façam a ligação entre a arte e a população" e de "demonstrar que a arte do graffiti, hoje em dia, não é sempre a mesma coisa e que, com isto, os jovens se podem inspirar".
Por último, Sumo atribui a escolha de "Out of Line" ao facto de se tratar de uma saída "do trilho em termos de arte, tal como a vemos habitualmente, sobretudo neste espaço, normalmente dedicado a trabalhos artísticos mais convencionais".
Texto: Gonçalo Guimarães Gomes
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