sábado, 7 de abril de 2012

Secretário de Estado das Comunidades: Cesário diz que propina vai "melhorar" ensino de português

Foto: GGG
O secretário de Estado das Comunidades diz que a propina de 120 euros que os alunos de português no estrangeiro deverão pagar a partir do próximo ano servirá para "melhorar" o ensino.

As declarações de José Cesário foram feitas na quarta-feira, em Paris, como resposta à forte contestação por parte de pais, professores e sindicatos do português no estrangeiro.

O que está em causa, defendeu, não é o pagamento das aulas, mas “uma comparticipação através de uma propina anual, que se destina à certificação das aprendizagens, que é cara, à formação de professores, e a pôr ordem na escolha dos manuais escolares, que nunca existiu”, explicou.

"Esta verba destina-se a investir na qualidade do sistema [do Ensino do Português no Estrangeiro], que toda a gente critica há muitos anos", diz.

Sobre a falta de diálogo de que o acusam as entidades que reagiram à medida, Cesário afirmou que entregou, há um mês, ao Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) um documento com "todas as intenções" do Governo nessa área.

 "Não queremos que os (...) alunos façam o frete de aprender o português. Queremos que as pessoas que querem aprender o português possam efectivamente fazê-lo".

As pré-inscrições online para os alunos que queiram frequentar aulas de português no ensino paralelo estão abertas até 27 de Abril.

A Comissão de Defesa dos Direitos dos Portugueses em França considera que o pagamento de uma propina anual de 120 euros pelos alunos de português que frequentem o ensino paralelo deixa "clara a vontade de privatização do ensino" da língua, o que viola a Constituição Portuguesa, acusam. O Colectivo para a Defesa do Ensino do Português no Estrangeiro e a Comissão dos Direitos dos Portugueses em França pediu ontem aos pais dos alunos do ensino paralelo que não paguem a propina anual que o Governo exige.

1 comentário:

  1. Está a porta aberta para a criação de colégios privados de ensino da Língua.
    Jose Machado (Professor no Lux/Grund durante a década de 80)

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