sexta-feira, 8 de junho de 2012

Luxemburgo: Escola Europeia com falta de alunos portugueses

Foto: Guy Wolff
A secção portuguesa da Escola Europeia tem cada vez menos alunos portugueses. Há turmas a funcionar só com cinco crianças. Vagas para alunos que não são filhos de funcionários europeus há muitas, o que faltam são candidatos.

Com a mudança de algumas turmas do secundário para Mamer no próximo ano, a secção portuguesa, que permanece no Kirchberg, vai ter mais espaço. Mas continua com um número preocupantemente baixo de candidatos. "A turma do 1o ano só tem cinco alunos, a do 3o só tem seis", disse ao Point24 o director adjunto do ensino primário, Hans van Wissen. Muito longe do número máximo de alunos por turma, 24. Até completar esse número, a Escola aceita alunos que não sejam filhos de funcionários. O problema, que preocupa os pais e levou mesmo à intervenção do inspector português, é que não há candidatos.

"Falei com o inspector português e expliquei-lhe isso mesmo", disse ontem a directora da Escola ao Point24 . "O problema não é haver um limite de vagas [para os filhos cujos pais não trabalham nas instituições europeias], é não haver candidatos. Temos muitas vagas na secção portuguesa, não temos é candidatos", explica Toula Vassilacou.

O problema é o valor elevado das propinas, que ronda os cinco mil euros por ano. "O verdadeiro obstáculo é financeiro. É por razões financeiras que os pais não inscrevem os alunos", diz Toula Vassilacou. E a fixação do valor das propinas não depende da directora. "O valor é fixado pelo Conselho Superior das Escolas Europeias, e é igual para todas as escolas. Não podemos intervir".
As inscrições para os alunos que não são filhos de funcionários terminam hoje.
Texto: P.T.A.

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