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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Papa/Portugal: Críticas de Bento XVI ao casamento homossexual e aborto em destaque na imprensa europeia

A imprensa europeia destaca hoje as declarações do papa Bento XVI em Fátima sobre o casamento homossexual e o aborto.

Os britânicos Times e Daily Telegraph, que enviaram jornalistas para acompanhar a visita a Portugal, salientam que Bento XVI considerou o casamento homossexual "subtil e perigoso" perante uma "enorme multidão" em Fátima.

No Telegraph, as críticas ao casamento homossexual e os elogios aos ativistas anti-aborto têm "ressonância especial no país anfitrião", três anos depois do referendo que aprovou a interrupção voluntária de gravidez e a poucos dias da ratificação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O Times estima que "as suas palavras vão ser estudadas no Reino Unido, onde os católicos preparam a sua própria visita do papa em setembro".

"Durante os debates pré-eleitorais na televisão, David Cameron [primeiro ministro] disse que discordava dos ensinamentos do papa sobre a homossexualidade", o que foi reiterado pelo parceiro da coligação, Nick Clegg, recorda o jornal.

Os dois jornais citam ainda ativistas dos direitos dos homossexuais, que condenam em uníssono as declarações do papa.

Em Espanha, as mesmas declarações de Bento XVI em Fátima marcam as edições "online" dos principais jornais, com vários órgãos de informação a darem eco da notícia na edição impressa.

Usando textos da agência espanhola EFE, o El Pais destaca "O papa afirma que o aborto e o casamento homossexual são contrários ao bem comum", notando que "Bento XVI assegura que a terceira parte da profecia de Fátima ainda não terminou e continua viva".

O El Mundo, por seu lado, também destaca os comentários de Bento XVI em Fátima incluindo em destaque uma das frases do papa: "A cultura dominante apresenta um estilo de vida baseado na lei do mais forte e nos benefícios fáceis".

Este jornal inclui também, na sua edição "online", um álbum de imagens da presença de Bento XVI em Fátima.

Na imprensa francesa, a visita do papa a Portugal está em destaque numa reportagem, em Roma, do Libération, sob o título "Bento XVI em cruzada contra a pedofilia", para a qual "até a Virgem é chamada a dar a sua contribuição".

O Libération escreve sobre a homilia de Fátima, no 13 de Maio, referindo que "Bento XVI sugeriu que o 'terceiro segredo' não era apenas o atentado contra João Paulo II em 1981, mas também os 'sofrimentos da igreja' provocados pelos escândalos sexuais no clero e a 'lei do silêncio' da hierarquia".

O diário francês entrevista um vaticanista italiano que fala da "batalha moral e espiritual" de Bento XVI. "Em Portugal, ele transpôs uma etapa suplementar", salienta o mesmo especialista do Vaticano, que refere a luta no seio da Cúria papal provocada pela mudança de atitude em relação a este tipo de escândalos.

O jornal escreve também, num outro artigo, que "O casamento gay (foi) criticado em Portugal" por Bento XVI, que reafirmou os "valores tradicionais" da igreja na matéria.

Também o Figaro fala de "meio milhão de pessoas" na missa de Fátima, num artigo da edição "online", com dezenas de comentários dos leitores. Palavras-chave para a peça do grande diário conservador francês: "Pedofilia, Igreja, Fátima, Portugal, Bento XVI".

A visita do papa a Portugal voltou a não merecer grande destaque na imprensa alemã, em contraste com o largo espaço dedicado às Jornadas Ecuménicas, a decorrer em Munique.

O Hamburger Abendblatt, tablóide de Hamburgo, segunda maior cidade alemã, de maioria protestante, publica um artigo intitulado "Papa encoraja fracos em Fátima", em que se afirma que "as preocupações da Igreja Católica pareceram longe neste dia, para Bento XVI".

O mesmo jornal considera que a visita do papa a Fátima, "onde rezou com a virgem Maria pelos doentes e fracos, foi um pretexto para um regresso às origens do seu pontificado".

Num artigo intitulado "O papa e a Madonna", o Sueddeutsche Zeitung, jornal de referência de Munique, refere, por sua vez, que Bento XVI atraiu a Fátima meio milhão de peregrinos, segundo os organizadores, e o seu antecessor, João Paulo II, 400 mil pessoas, "por isso o clero português considerou o elevado número de peregrinos em Fátima uma clara demonstração de apoio ao papa".

A televisão pública ARD, no seu principal noticiário da noite de quinta feira, passou uma peça em que se afirma que "a viagem às profundezas da religiosidade dos portugueses foi uma espargata, para um papa que quer unir a crença e o racionalismo".

"No seu sermão, porém, Bento XVI foi mais moral do que místico, e fez advertências bem modernas num bastião da crença popular e dos sacrifícios", disse ainda o autor da reportagem, que encerrou com imagens de peregrinos a caminhar de joelhos.

Foto: Arquvo LW

terça-feira, 11 de maio de 2010

Papa/Portugal: São mais os polícias do que os fiéis à frente do Palácio de Belém

Entre o Mosteiro dos Jerónimos e o Palácio de Belém, onde o papa Bento XVI se reúne com Cavaco Silva dentro de cerca de uma hora, são mais os agentes da PSP dos que os fiéis que aguardam a passagem de Joseph Ratzinger.

O papa está agora na Nunciatura do Vaticano, de onde sairá às 12:30 rumo ao Mosteiro dos Jerónimos, para uma cerimónia de boas vindas, seguindo depois para o Palácio de Belém, onde se encontrará com o Presidente da República, Cavaco Silva.

Entre o Mosteiro dos Jerónimos e o Palácio de Belém, Bento XVI vai fazer um percurso dentro do papamóvel de cerca de um quilómetro, passando pela avenida da Índia, praça do Império e rua de Belém.

Nestas ruas estão vários elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) posicionados aproximadamente de dez em dez metros. Nos cruzamentos, estão também grupos de dez a quinze elementos da polícia.

Fonte da PSP não quis avançar à Lusa o total de elementos da PSP no local.

Os polícias têm sido justamente os únicos clientes de Eliane, proprietária de uma banca de gelados no Jardim do Ultramar.

"Tinham-me dito que quando cá esteve o outro papa havia peregrinos e fiéis no local desde a noite anterior e logo de manhã. Hoje ainda não chegou ninguém", lamentou.

"A expetativas eram muito altas, estou cá desde as oito da manhã e esperava que a esta hora [11:30] isto já estivesse cheio", disse Eliane.

Cerca das 11:45, apenas três pessoas estavam junto ao gradeamento que limitará o contacto dos católicos com Joseph Ratzinger em frente ao Palácio de Belém.

Mãe, filha e bisneta estavam desde as 11:15 em frente ao Palácio de Belém à espera de ver "aquele que faz as vezes de Nosso Senhor".

Junto ao Palácio de Belém passavam também alguns turistas curiosos que, apesar de não se terem deslocado de propósito a Lisboa para verem Bento XVI, vão aproveitar para "assistir a uma oportunidade única no mundo", contou uma guia turística.

Por volta do meio dia eram cerca de vinte os fiéis que aguardavam, apesar da chuva, a passagem do papa.

Papa/Portugal: Centenas de pessoas aplaudem Bento XVI nas ruas de Lisboa

Centenas de pessoas aplaudiram Bento XVI nas ruas de Lisboa, no percurso que o papa fez entre o aeroporto de Lisboa e a Nunciatura do Vaticano, onde chegou às 11:59.

O papa Bento XVI saiu hoje às 11:42 do terminal 2 do Aeroporto da Portela em direção à Rotunda do Relógio onde saudou algumas centenas de pessoas que o aguardavam no primeiro ponto de passagem na capital.

Entre lamentos de uma passagem tão rápida e lágrimas de comoção, os católicos presentes na Rotunda do Relógio empunhavam lenços, bandeiras e cartazes alusivos à visita papal, havendo ainda vários grupos de pessoas com t-shirts com a imagem de Bento XVI.

Luísa Machado, Teresa Pinheiro e José Correia foram os três fiéis a assistir em primeiro lugar à passagem do papamóvel.

"Escolhemos este sítio porque achamos que não teria muita gente e porque queríamos desde logo saudar em primeira mão o Santo Padre", afirmou à Lusa Luísa Machado, que escolheu a estrada de acesso da Rotunda do Relógio à segunda circular para assistir à passagem do papa.

Dez minutos depois da passagem do papamóvel, às 11:50, já a Rotunda do Relógio estava praticamente sem pessoas, muitas das quais se deslocaram para continuar a acompanhar o percurso de Bento XVI.

Também na zona de Entrecampos, as pessoas que assistiram à passagem de Bento XVI começaram a desmobilizar rapidamente, até porque ficaram um pouco desiludidas com o curto tempo que tiveram para ver o papa. Antes, as centenas de pessoas que se encontravam ali começaram a bater palmas e a gritar "via o papa" assim que avistaram o papamóvel.

Mais à frente, várias centenas de pessoas saudaram também o papa à sua passagem pela praça Saldanha, batendo palmas e dispersando, na maior parte dos casos, de imediato.

Ainda perto do Saldanha, um grupo de estudantes estrangeiros que se encontra a aprender português, aproveitou o fato de não ter tido hoje aulas para ver passar o papa. Os jovens, com cerca de 20 anos, são provenientes de África do Sul, Austrália, Japão, Espanha, Alemanha, França, Suíça e Estados Unidos.

À chegada à Nunciatura, a embaixada do Vaticano, onde o papa irá dormir hoje, Bento XVI abençoou durante alguns segundos as centenas de pessoas que se encontravam no local, que o saudaram com “viva o papa”.

Bento XVI chegou acompanhado pelo cardeal patriarca de Lisboa, José Policarpo, e o seu secretário pessoal, Georg Gaenswein, e um forte dispositivo de segurança e acenou por várias vezes às pessoas, entre as quais estão muitas crianças.

Apesar da entrada do papa no edifício, as pessoas continuam em frente à Nunciatura a gritar pelo chefe de Estado e à espera da sua saída, às 13:30, rumo ao Mosteiro dos Jerónimos, onde se realizará a cerimónia de boas vindas e onde uma forte carga de água apanhou de surpresa as centenas de pessoas que aguardam a chegada do papa na Praça do Império que, no entanto, não desmobilizaram, tendo aproveitado os posters e os lenços com a imagem de Bento XVI para se protegerem da chuva.

Árvores, palanques e chapéus-de-chuva dos mais precavidos estão a servir de abrigo da chuva, que apanhou igualmente de surpresa os militares que se preparavam para a guarda de honra da cerimónia de boas vindas a Bento XVI.

Papa em Portugal: missa presidida por Bento XVI no Terreiro do Paço espera 160 mil pessoas


A comissão organizadora da missa presidida pelo Papa Bento XVI no Terreiro do Paço espera a presença de 160 mil pessoas em Lisboa, estando entre 70 a 80 mil na praça do Comércio.

A “capacidade máxima” do Terreiro do Paço é de 70 a 80 mil pessoas, mas “ao todo”, espalhadas pelas imediações e nos percursos feitos por Bento XVI, são esperadas 160 mil pessoas, afirmou o padre Mário Rui Pedras, da comissão organizadora.

Serão instalados seis écrans gigantes, três no Terreiro do Paço, um na avenida Infante Santo, um na praça do Município e outro debaixo do arco da rua Augusta.

Na rua da Prata e do Ouro serão instalados equipamentos de som.

Sobre a segurança da visita, não foram adiantados pormenores, apenas que não haverá revista das pessoas que assistirão à missa.

“No dia da missa estarão no terreno mais de três mil voluntários, sobretudo jovens. Dois mil já se encontram inscritos”, disse o padre Mário Rui Pedras.

Na praça do Município estarão instaladas 1500 cadeiras para pessoas com dificuldades de mobilidade, que serão atribuídas mediante inscrição nas paróquias.

Na missa serão distribuídas 40 mil hóstias da comunhão, por 400 sacerdotes, 50 diáconos, 100 seminaristas e 400 acólitos, ajudados por 300 cadetes dos três ramos das Forças Armadas.

Trinta pessoas irão receber a comunhão do próprio Papa.

Estas pessoas foram selecionadas pelas dioceses, sendo “representativas” das comunidades, incluindo, assim, por exemplo, um seminarista, uma criança, um jovem, uma família.

No altar estarão 40 cadeiras desenhadas pelo designer Philippe Starck, reservadas a bispos portugueses e estrangeiros.

O coro é composto por 300 vozes, que se juntam 62 instrumentistas.

Haverá cinco sacristias disponibilizadas para que o Papa, bispos, padres, diáconos e acólitos preparem-se para a missa.

O Ministério das Finanças servirá de sacristia a Bento XVI.

A partir de sábado serão distribuídos pelas paróquias da diocese de Lisboa 200 mil folhetos com “informações úteis” sobre a visita de Bento XVI à capital.

Lusa

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico ***

Visita do Papa a Portugal: Lisboa ultima preparativos antes da chegada de Bento XVI

Os serviços de limpeza da Câmara Municipal de Lisboa e a polícia municipal ultimam os preparativos para a chegada do papa Bento XVI numa cidade quase deserta e com vários condicionamentos no trânsito.

Desde o aeroporto de Lisboa até ao Saldanha, ao longo de todo o percurso, a cidade está praticamente deserta, excetuando os polícias destacados para a operação que envolve a visita do papa à capital.

Facto raro em Lisboa não existe qualquer carro estacionado nas ruas em que se prevê a passagem da comitiva papal durante a sua estada na capital.

Dezenas de grades policiais e fitas plásticas brancas e azuis com a inscrição “policia” impedem o estacionamento ao longo do percurso previsto.

Em todos os postes de iluminação existem tarjas com cerca de dois metros de altura por 60 centímetros de largura com as inscrições “Perdoar”, “Festejar”, “Amar”, “Confiar””, “Rezar”, “Acreditar”, “Foi o Pai que me Ensinou” e “Escutar”.

As boas vindas ao papa Bento XVI são também endereçadas por tarjas de grandes dimensões, ocupando as fachadas de vários edifícios, na Avenida Fontes Pereira de Melo, Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade, com a inscrição “Bem-vindo” e “Lisboa com Bento XVI”.

Algumas artérias da capital já estão cortadas ao trânsito com a polícia, casos da Avenida 24 de Julho, a partir do Jardim de Santos, e de todas as artérias que fazem a ligação à Praça do Comércio, à qual apenas têm acesso as pessoas acreditadas.

Elementos da Unidade Especial de Policia também estão distribuídos ao longo do percurso.

Na Praça dos Restauradores estão a ser colocados gradeamentos para condicionar a circulação dos transeuntes junto a todos os passeios e nas praças.

Todos os transportes públicos ostentam as bandeiras do Vaticano.

Lusa

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***