Portugal arrancou uma vitória a ferros em Tirana, frente à Albânia, graças ao golo do defesa Bruno Alves já em período descontos.
Foi, sem dúvida, uma vitória importante que acende a chama da qualificação para o Mundial da África do Sul, mas que ao mesmo tempo não esconde as actuais limitações da equipa das quinas.
Frente a uma selecção fraca mas que se bateu até ao limite das suas forças, Portugal nunca mostrou arte nem engenho (nem muita vontade) para se desembaraçar da teia defensiva montada pelo adversário.
E foi graças a um clamoroso falhanço da defesa contrária que Hugo Almeida, após um cruzamento de Bosingwa, colocou Portugal a vencer. Mas a alegria foi sol de pouca dura. Ainda festejavam os portugueses o seu golo, quando a Albânia empatou a partida, com a defesa lusa a ver autenticamente a "banda passar".
No segundo tempo, os albaneses fecharam-se ainda mais e nunca concederam espaços a Portugal que, em abono da verdade, nunca se conseguiu impor e pouco fez para merecer a vitória que acabou por aparecer, ao cair do pano (93 min.), graças à insistência do sempre inconformado Bruno Alves e à saída em falso do guardião da Albânia.
Valeu a Portugal a Suécia ter perdido em casa frente à vizinha Dinamarca para continuar a alimentar a esperança em se qualificar.
Queiroz recebeu mais um "balão de oxigénio" mas não se livra das críticas. Ao compor um onze bastante discutível onde incluiu jogadores claramente fora de forma e alguns que não alinham regularmente nas suas equipas (casos de Pepe – castigado – e Deco), o seleccionador sente que a sua posição está tremida, e a da equipa também.
Resta-nos esperar pelos próximos jogos e acreditar.
Á. Cruz

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