"A Guiné-Bissau e os seus parceiros internacionais precisam de trabalhar em conjunto para assegurar que o inquérito em curso não vai ter o mesmo destino que os anteriores, que falharam por não trazerem os infractores à justiça, minaram o sistema legal e encorajaram a impunidade", afirmou Ban Ki-Moon, no seu último relatório sobre aquele país.
"A justiça é a chave para uma democracia saudável", sublinhou o secretário-geral da ONU, acrescentando que as Nações Unidas e a comunidade internacional estão prontas para apoiar o governo, providenciando os recursos necessários para assegurar "um inquérito bom e transparente que sirva a causa da justiça".
"A verdade e a justiça não podem servir para violar os direitos humanos", referiu Ban Ki-Moon, apelando ao governo local para que tome as medidas necessárias para garantir o cumprimento da lei e o respeito pelos direitos humanos.
O relatório da ONU inclui também recomendações para a criação de um Gabinete Integrado das Nações Unidas na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), que iria suceder ao UNOGBIS (actual representação da ONU na Guiné-Bissau) em Janeiro de 2010 e teria um mandato inicial com a duração de um ano.
Chefiado por um Representante Especial, o UNIOGBIS seria incumbido de reforçar a capacidade das instituições nacionais, apoiando a criação de sistemas eficazes de aplicação da lei e contribuindo para mobilização da ajuda internacional.
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