segunda-feira, 8 de junho de 2009

Guiné-Bissau: Comissão de Eleições garante que há condições para as presidenciais de 28 de Junho

A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau garante que estão reunidas todas as condições para a realização das eleições presidenciais antecipadas, "no prazo e data" (28 de Junho) afixados pelo chefe de Estado.

As autoridades guineenses reuniram com a comunidade internacional para sustentar a explicação de um golpe de estado para os acontecimentos da passada sexta-feira, mas nenhuma prova foi apresentada, disse à agência Lusa o embaixador de Portugal em Bissau.

António Ricoca Freire afirmou que as autoridades guineenses "asseguraram à comunidade internacional que tinha sido ouvida pelo Conselho de Ministros uma gravação que, de facto, funcionaria como a prova mais consolidada da existência de um golpe de Estado iminente e também onde seria citada uma série de nomes".

No entanto, "essa gravação não foi facultada" à comunidade internacional, adiantou o diplomata português. "Esperamos que venha a ser", disse o embaixador.

António Ricoca Freire disse também que a comunidade internacional "esperava que se procedesse com brevidade ao apuramento dos factos e com a possível transparência".

Na sexta-feira, as forças de segurança da Guiné-Bissau mataram os ex-ministros Hélder Proença e Baciro Dabó por alegado envolvimento numa tentativa de golpe de Estado.

Segundo António Ricoca Freire, exite uma "percepção de calma e ordem" no país, também "partilhada na reunião da União Europeia, e numa reunião alargada da comunidade internacional, que teve lugar sob os auspicios da UNOGBIS (missão da ONU na Guiné-Bissau) logo na sexta-feira", afirmou o embaixador português.

António Ricoca Freire explicou também que foram contactados alguns portugueses, que, pelas suas "funções ou localização na cidade, pudessem servir de 'focal points' para contactos com outros grupos de portugueses, quer cooperantes quer residentes por outras razões".

"Contrariamente àquilo que tínhamos feito quando foram os funerais do Presidente "Nino" Vieira, em que fizemos uma comunicação alargada por SMS ou por ligação telefónica com um número muito vasto de portugueses, achámos que uma medida dessa natureza desta vez podia ser mal interpretada, podia dar um sinal contrário de preocupação, quando era óbvio ou pelo menos aparente que não havia razões para isso", afirmou o embaixador.

Lusa

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