terça-feira, 9 de junho de 2009

Luxemburgo/Economia: Finanças dos lares luxemburgueses melhores que a média europeia

No Luxemburgo, cerca de um residente em cinco (21 %) era incapaz de fazer face a uma despesa imprevista em 2007. Esta a conclusão de um estudo do Eurostat, o serviço de estatísticas da Comissão Europeia, sediado no Kirchberg, que revela que a média europeia é de 34 %.

O estudo publica resultados antes da crise económica actual e mostra que "o fenómeno de sobre-endividamento é real, mesmo num país com os mais elevados salários da Europa, o que não impede que os habitantes do Luxemburgo tenham, por vezes, a tendência para viver acima das suas possibilidades", refere o estudo. Estes números reflectem a situação antes da crise económica. "Com o aumento do desemprego e do desemprego parcial, é fácil calcular que cada vez mais as pessoas terão dificuldades em fazer face a despesas excepcionais e imprevistas", considera o Eurostat

Contudo, o Luxemburgo continua abaixo da média europeia. Na verdade, um europeu em cada três vive sem ter uma poupança suficiente para fazer face a uma despesa imprevista, uma média que esconde enormes disparidades entre a Europa de Leste e a Europa Ocidental.

Segundo estes números, divulgados quinta-feira pelo Eurostat, 34 % dos europeus viviam em 2007 num lar sem capacidade para fazer face a despesas imprevistas. A parte da população nesta situação é bastante mais elevada nos países que entraram para a União Europeia em 2004, como são os casos de Hungria e Letónia (63 %), Polónia (54 %) e Roménia, Eslováquia e Lituânia (40 %). Os países onde os cidadãos estão melhor preparados economicamente para fazer face a uma despesa imprevista são a Dinamarca (19 %) e a Suécia (18 %).

Por outro lado, o mesmo estudo revela que quase um em cada 10 europeus não tem possibilidades de comprar carro (9 %). No Luxemburgo, esta percentagem é de 2 %.

Finalmente, segundo estas estatísticas, cerca de 7 % dos europeus, sem serem classificados de "pobres", têm por vezes dificuldades em pagar despesas correntes e atrasam-se regularmente no pagamento de facturas de consumo da sua habitação principal. No Luxemburgo, essa percentagem é de 2 %.

F. Pinto, in Contacto, 03.06.2009

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